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STF nega habeas corpus ao conselheiro afastado Valci Ferreira

STF nega habeas corpus ao conselheiro afastado Valci Ferreira

Decisão é do relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes. Com isso, o conselheiro segue preso na Penitenciária de Segurança Média I, em Viana, onde está desde fevereiro deste ano

Publicado em 7 de agosto de 2018 às 16:20

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Valci Ferreira no Tribunal de Contas ainda em 2007, antes de ser afastado . (Chico Guedes/ Arquivo)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou habeas corpus ao conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCES) Valci Ferreira. Com isso, o conselheiro segue preso na Penitenciária de Segurança Média I, em Viana, onde está desde fevereiro deste ano. A defesa de Valci não quis fazer declarações, mas diz que vai recorrer da decisão.

Ferreira foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a dez anos de prisão, em 2016, por lavagem de dinheiro e peculato, quando alguém usa o cargo público para conseguir vantagens. As irregularidades foram praticadas na administração da Assembleia Legislativa, entre 1997 e 2001. A ordem de prisão foi cadastrada no Banco Nacional de Mandados de Prisão em 24 de outubro do ano passado.

RELEMBRE O CASO

O principal fato da denúncia que levou à condenação de Valci Ferreira e José Carlos Gratz e refere-se à contratação de seguro de vida coletivo dos deputados estaduais, caso conhecido como "Seguro da Assembleia". Nele, as corretoras recebiam 70% do valor do prêmio do seguro. Parte do recurso desviado foi destinada a Valci por meio de cheques emitidos pela seguradora e de um contrato fictício assinado com outros réus da ação penal.

Segundo sustentou o Ministério Público Federal (MPF), Valci, durante o período que foi presidente da Assembleia (1991-1993), teria dado origem ao esquema dos seguros.

CARGO NO TCES

Deputado Marcelo Santos no plenário da Assembleia Legislativa. (Assembleia)

Valci está afastado do cargo, por determinação do STJ, desde 2007. Na condenação, em 2016, o tribunal determinou também que ele perca definitivamente a cadeira no Tribunal de Contas do Estado. Mas isso somente ocorrerá quando a decisão transitar em julgado, ou seja, quando não for mais possível a apresentação de recursos.

Em julho, a Assembleia Legislativa pediu ao TCES que declarasse vaga a cadeira de Valci na Corte. Após um parecer técnico da consultoria jurídica do órgão, o Tribunal de Contas vai analisar em Plenário, com os votos de todos os conselheiros, se vão abrir ou não a vaga.

Desde o final do ano passado já tem gente de olho na vaga do conselheiro. A indicação de um novo integrante do TCES, quando houver a vacância, caberá à Assembleia Legislativa. Não necessariamente o indicado tem que ser um deputado, mas é comum que o escolhido seja um dos 30 parlamentares estaduais. O deputado Marcelo Santos (PDT) é um dos mais cotados para a vaga.

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