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"Não é o momento deste debate", diz Casagrande sobre disputar a Presidência da República

"Não é o momento deste debate", diz Casagrande sobre disputar a Presidência da República

O governador do Espírito Santo foi convidado pelo diretório nacional do PSB para ser pré-candidato do partido nas eleições de 2022

Publicado em 3 de março de 2021 às 20:50- Atualizado há 3 anos

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Casagrande conversou com jornalistas nesta terça-feira (11), em Brasília
Casagrande em entrevista a jornalistas em Brasília: governador do ES é uma das apostas do PSB para concorrer à presidência. (Derick Nunes)
Autor - Iara Diniz
Iara Diniz
Repórter de Política / [email protected]

Convidado para ser pré-candidato do PSB à Presidência da República, o governador  Renato Casagrande (PSB) sustentou que não é o momento para este debate, uma vez que o país atravessa uma das piores fases da crise provocada pela Covid-19. 

"Fui convidado pelo PSB a ser pré-candidato à Presidência da República e fiquei muito honrado. Na posição de governador, entendo que não é o momento para fazer este debate. Minha prioridade é a gestão do Estado e da pandemia, que atualmente passa pela pior crise desde o início. O projeto partidário é legítimo e cabe à Direção Nacional debater propostas para o país com suas lideranças", disse o socialista, em nota.

O chefe do Executivo capixaba é apontado pela cúpula do PSB como “o melhor representante da sigla” para a corrida presidencial que acontece no ano que vem. 

“Há uma vontade do PSB nacional em ter um nome nesta disputa, liderando essa frente centro-esquerda. E o Renato é um governador respeitado, que tem se destacado durante a pandemia. É um nome que o partido quer ter na eleição para presidente, o melhor representante da sigla”, avaliou o presidente do PSB no Espírito Santo, Alberto Gavini, que recebeu uma ligação do diretório nacional para tratar sobre a pré-candidatura de Casagrande em 2022.

De acordo com Gavini, a decisão cabe ao diretório nacional e só deve ser tomada em novembro, quando acontecem os congressos dos partidos. A cúpula do PSB apenas confirmou que Casagrande é o único pré-candidato do partido até o momento à Presidência da República.

“O PSB entende que ele tem todas as qualificações para disputar uma eleição para presidente. Mas, por enquanto, a gente aqui no Estado continua trabalhando pela reeleição dele enquanto governador”, completou Gavini.

CONVITE DO PSB

Casagrande exerce o cargo de secretário-geral do PSB e esteve em Brasília na última semana, quando conversou pessoalmente com Carlos Siqueira, que comanda o partido em âmbito nacional. 

Segundo fontes ligadas ao governador, Casagrande teria sido comunicado durante uma reunião com o partido do desejo da cúpula em lançá-lo como pré-candidato à Presidência da República, e disse que se sentia lisonjeado.

Em entrevista ao colunista Vitor Vogas, o próprio governador confirmou o convite e disse que o vê com naturalidade. "É natural isso. Eu já sou governador pela segunda vez", comentou Casagrande, mas reafirmando que não pretende tratar do assunto este ano. 

O governador do Espírito Santo tem se destacado nacionalmente entre os chefes do executivo durante a pandemia de Covid-19. O socialista adotou um discurso oposto ao do governo federal, criticando algumas medidas adotadas na administração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

No último domingo (28), após uma publicação de Bolsonaro no Twitter, em que ele distorcia os valores enviados pelo governo federal aos Estados durante a pandemia, Casagrande rebateu os dados. Em entrevista à CNN Brasil, o governador do Espírito Santo disse que o presidente estava torturando os números para inflar os repasses. 

Casagrande tem ganhado visibilidade nacional com o enfrentamento à pandemia, mas ainda não tem a mesma projeção no país de outros líderes estaduais, como o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), por exemplo. 

A esquerda, espectro político ao qual pertence o PSB, ainda não encontrou um consenso para lançar um candidato à presidência e fazer frente ao bolsonarismo. Recentemente, duas importantes siglas voltaram a se colocar em lados opostos, no momento em que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) posicionou o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) como candidato de direita. Ambos atuaram como ministros no governo Lula, mas passaram a adotar o enfrentamento. 

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