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Publicado em 3 de março de 2021 às 20:50
- Atualizado há 4 anos
Convidado para ser pré-candidato do PSB à Presidência da República, o governador Renato Casagrande (PSB) sustentou que não é o momento para este debate, uma vez que o país atravessa uma das piores fases da crise provocada pela Covid-19. >
"Fui convidado pelo PSB a ser pré-candidato à Presidência da República e fiquei muito honrado. Na posição de governador, entendo que não é o momento para fazer este debate. Minha prioridade é a gestão do Estado e da pandemia, que atualmente passa pela pior crise desde o início. O projeto partidário é legítimo e cabe à Direção Nacional debater propostas para o país com suas lideranças", disse o socialista, em nota. >
O chefe do Executivo capixaba é apontado pela cúpula do PSB como “o melhor representante da sigla” para a corrida presidencial que acontece no ano que vem. >
“Há uma vontade do PSB nacional em ter um nome nesta disputa, liderando essa frente centro-esquerda. E o Renato é um governador respeitado, que tem se destacado durante a pandemia. É um nome que o partido quer ter na eleição para presidente, o melhor representante da sigla”, avaliou o presidente do PSB no Espírito Santo, Alberto Gavini, que recebeu uma ligação do diretório nacional para tratar sobre a pré-candidatura de Casagrande em 2022.>
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De acordo com Gavini, a decisão cabe ao diretório nacional e só deve ser tomada em novembro, quando acontecem os congressos dos partidos. A cúpula do PSB apenas confirmou que Casagrande é o único pré-candidato do partido até o momento à Presidência da República.>
“O PSB entende que ele tem todas as qualificações para disputar uma eleição para presidente. Mas, por enquanto, a gente aqui no Estado continua trabalhando pela reeleição dele enquanto governador”, completou Gavini. >
Casagrande exerce o cargo de secretário-geral do PSB e esteve em Brasília na última semana, quando conversou pessoalmente com Carlos Siqueira, que comanda o partido em âmbito nacional. >
Segundo fontes ligadas ao governador, Casagrande teria sido comunicado durante uma reunião com o partido do desejo da cúpula em lançá-lo como pré-candidato à Presidência da República, e disse que se sentia lisonjeado.>
Em entrevista ao colunista Vitor Vogas, o próprio governador confirmou o convite e disse que o vê com naturalidade. "É natural isso. Eu já sou governador pela segunda vez", comentou Casagrande, mas reafirmando que não pretende tratar do assunto este ano. >
O governador do Espírito Santo tem se destacado nacionalmente entre os chefes do executivo durante a pandemia de Covid-19. O socialista adotou um discurso oposto ao do governo federal, criticando algumas medidas adotadas na administração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).>
No último domingo (28), após uma publicação de Bolsonaro no Twitter, em que ele distorcia os valores enviados pelo governo federal aos Estados durante a pandemia, Casagrande rebateu os dados. Em entrevista à CNN Brasil, o governador do Espírito Santo disse que o presidente estava torturando os números para inflar os repasses. >
Casagrande tem ganhado visibilidade nacional com o enfrentamento à pandemia, mas ainda não tem a mesma projeção no país de outros líderes estaduais, como o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), por exemplo. >
A esquerda, espectro político ao qual pertence o PSB, ainda não encontrou um consenso para lançar um candidato à presidência e fazer frente ao bolsonarismo. Recentemente, duas importantes siglas voltaram a se colocar em lados opostos, no momento em que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) posicionou o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) como candidato de direita. Ambos atuaram como ministros no governo Lula, mas passaram a adotar o enfrentamento. >
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