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Justiça suspende eleição interna do MDB em Vitória de novo

Justiça suspende eleição interna do MDB em Vitória de novo

Disputa no diretório municipal de Vitória, que aconteceria neste domingo (9), tem como pano de fundo a eleição estadual da sigla. Pleito já tinha sido suspenso em maio de 2019

Publicado em 7 de fevereiro de 2020 às 20:16

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Luzia Toledo: ex-deputada é a atual presidente interina do diretório municipal do MDB em Vitória. (Tati Beling/Ales)

A eleição do diretório municipal do MDB em Vitória, que estava prevista para acontecer neste domingo (9), foi suspensa novamente pela Justiça. O pleito, convocado inicialmente para maio do ano passado, vem enfrentando questionamentos por parte do deputado estadual José Esmeraldo (MDB). Na época, a comissão eleitoral do partido impugnou a chapa do deputado, o acusando de ter falsificado uma assinatura. O parlamentar contestou essa versão e entrou com uma ação para suspender a eleição, o que foi deferido, em 1ª instância pela 9ª Vara Cível de Vitória.

A decisão, contudo, foi revogada na Segunda Câmara do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), mas ainda há o julgamento dos embargos de declaração por parte de José Esmeraldo, ou seja, o processo ainda não transitou em julgado.

Contudo, na última sexta-feira (31), um novo edital para a eleição do MDB em Vitória foi lançado. A chapa encabeçada pela atual presidente da comissão provisória do diretório, Luzia Toledo (MDB), foi a única a se inscrever. Alegando não ter tido tempo suficiente para a montagem de uma nova chapa, Esmeraldo voltou à Justiça para tentar suspender novamente a eleição.

“Considerando que a eleição intrapartidária do MDB em Vitória encontra-se ainda sub judice, mostra-se bastante prudente que se aguarde a conclusão do julgamento final deste recurso para que se dê efetivo andamento às eleições para a diretoria do partido em referência”, escreveu o desembargador Carlos Simões Fonseca, relator do caso.

Toledo afirma que foi surpreendida pela decisão e diz que a convocação da nova eleição foi feita dentro do que estabelece o estatuto do partido. “O prazo de oito dias antes da votação para lançar o edital foi respeitado. Nossa preocupação é dar segurança jurídica para nossos pré-candidatos a vereadores. Precisamos montar as chapas para as eleições deste ano e essa situação já se arrasta desde maio de 2019”, alegou. Luzia está interinamente a frente do partido há seis meses, enquanto uma nova eleição não é realizada.

Chapas de Lelo Coimbra e Marcelino Fraga disputam a presidência do MDB estadual. (Divulgação)

ELEIÇÃO EM VITÓRIA É BATALHA NA GUERRA PELA ELEIÇÃO ESTADUAL

Por trás da reviravolta na eleição do MDB na Capital, está a disputa estadual do partido, cujo pleito foi convocado para o próximo dia 16 de fevereiro. No edital, constam 71 delegados do partido aptos a votar, que são definidos pelos diretórios municipais. Caso a eleição de Vitória fosse definida, saindo da sua condição de ser comandada de forma interina, o diretório municipal poderia indicar mais cinco delegados, elevando para 76 o número de membros aptos a votar. Para uma eleição de 76 votos, a avaliação de membros ligados a Esmeraldo é de que cinco votos podem fazer a diferença.

Para a eleição estadual, dois grupos disputam o comando do partido. Um é o do presidente interino Lelo Coimbra (MDB), que tem como aliada Luzia Toledo, e o outro é o de Marcelino Fraga (MDB), que conta com o apoio de Esmeraldo.

A executiva nacional havia definido a eleição para o dia 30 de novembro do ano passado, após o pleito ter sido suspenso em junho. Isso porque Marcelino, que tem condenação em 1ª instância, por envolvimento na Máfia dos Sanguessugas, contesta ter sido retirado do páreo. Ele recorre na Justiça da decisão do partido, que alega que uma cláusula anticorrupção do MDB impede que membros com alguma condenação criminal assumam cargos de direção.

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