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Publicado em 13 de outubro de 2022 às 11:05
Os candidatos que participaram das eleições no Espírito Santo chegaram a gastar até R$ 1 mil do dinheiro da campanha por cada voto recebido. Em contrapartida, o voto “mais barato" das eleições de 2022 custou apenas R$ 0,07. >
Levantamento feito por A Gazeta comparou o valor que os candidatos gastaram nas campanhas durante o período eleitoral com a quantidade de votos que receberam no último dia 2 de outubro. >
Os dados foram extraídos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última segunda-feira (10). Como os candidatos têm até 30 dias após a data da eleição para fazer a prestação de contas definitiva, esses valores ainda podem mudar. >
Os dados mostram que nem sempre ter mais dinheiro se traduz diretamente em mais votos. Entre os 100 maiores gastos proporcionais de campanha, ninguém conseguiu se eleger. >
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Até o momento, a candidata a deputada estadual da Rede Renata Nunes detém o primeiro lugar entre os votos mais caros. Ela declarou à Justiça Eleitoral ter gasto R$ 87 mil durante a campanha, mas só obteve 80 votos. Dessa forma, cada um saiu por R$ 1.093,54.>
Renata foi candidata à prefeita de Colatina em 2020 pelo PL. Na ocasião, recebeu 2,4 mil votos. >
O eleito com o valor mais alto por voto é o deputado federal e então candidato à reeleição Amaro Neto (Republicanos). Ele contratou R$ 2,5 milhões em despesa de campanha e recebeu cerca de 52 mil votos. Dessa forma, cada voto custou R$ 48,23. >
Já na outra ponta da tabela de eleitos há Lucas Polese (PL). Até a última sexta-feira (7) ele havia declarado um gasto de R$ 3,2 mil. Com quase 30 mil votos, R$ 0,11 cada um, ele conseguiu uma vaga na Assembleia Legislativa do Espírito Santo. >
É importante ressaltar que 197 dos cerca de 700 candidatos no ES ainda não declararam nenhuma despesa de campanha. >
É o caso dos postulantes ao Senado Antônio Bungenstab (PRTB), Carone (Agir) e Nelson Junior (Avante). Entre os candidatos a senador que declararam os gastos ao TSE, o maior gasto por voto foi o do Coronel Lugato, que foi de R$ 10. >
Magno Malta (PL), que obteve o maior número de votos e foi eleito para o Senado, teve a segunda campanha mais barata, proporcionalmente, entre os candidatos ao mesmo cargo. Ele gastou R$ 1,8 milhão e, com 821 mil votos, cada um custou R$ 2,23. >
Já Rose de Freitas (MDB), que ficou em segundo lugar, com 747 mil votos, declarou quase R$ 4 milhões em despesas, o que resultou em um custo de R$ 5,26 por voto, mais que o dobro de Magno. >
Entre os candidatos ao governo do Espírito Santo, o secretário da Fazenda de Vitória Aridelmo Teixeira (Novo) foi quem mais gastou proporcionalmente ao número de votos, com cada um dos 15.786 votos saindo por R$ 22,21. Em seguida vem Audifax (Rede), com um valor de R$ 17,21 por voto.>
Entre os nomes que foram para o segundo turno, os gastos de campanha de Casagrande foram seis vezes maiores do que os de Manato (PL), o que refletiu no valor por voto. >
O voto no atual governador saiu por R$ 6,49, enquanto no do ex-deputado federal ficou em R$ 1.>
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