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Dodge: MP não permite que 'hipertrofia de um poder oprima a sociedade'

Dodge: MP não permite que "hipertrofia de um poder oprima a sociedade"

Primeira no comando da PGR a não ser reconduzida em 14 anos, Dodge deu declaração em lançamento de documentário. Bolsonaro anunciou Augusto Aras para chefia do MPF

Publicado em 6 de setembro de 2019 às 21:22

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Raquel Dodge fica na Procuradoria-geral da República até o dia 17 de setembro. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse nesta quinta-feira (5) que o Ministério Público "é a instituição que aciona o sistema de freios e contrapesos e não permite que a hipertrofia de um poder oprima a sociedade". A declaração de Raquel foi dada no lançamento do documentário em vídeo "Constituição Cidadã - Um novo MPF", que conta a história da instituição após a Carta de 1988.

Nesta quinta-feira (05), o presidente Jair Bolsonaro anunciou o procurador Augusto Aras para ocupar a cadeira de Raquel, que encerra seu mandato no próximo dia 17.  Ela é a primeira no comando da PGR a não ser reconduzida em 14 anos

Raquel ficou dois anos no cargo, com um ritmo intenso de atuação. No lançamento do documentário, ela reuniu na sede da Procuradoria-Geral três ex-mandatários da instituição, Aristides Junqueira, Antônio Fernando Barros e Roberto Gurgel.

"A memória é essencial para a vida. A memória nos permite compreender onde estão os riscos e os perigos de cada uma de nossas condutas", disse a procuradora.

DOCUMENTÁRIO

O documentário de pouco mais de 30 minutos foi produzido pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da PGR em parceria com a produtora Chá com Nozes. Ele faz parte do Projeto MPF Cidadão 30 anos que, desde o ano passado, dá vida a mais de 40 ações e eventos nas diversas áreas de atuação do Ministério Público Federal e da Escola Superior do Ministério Público da União.

O vídeo abarca relatos de todos os procuradores que ocuparam o topo do Ministério Público Federal desde 1989. Eles contam como foram as tratativas para se garantir a independência do novo Ministério Público, antes da promulgação da Constituição de 1988 pelo Congresso.

As narrativas envolvem as ações que marcaram o trabalho da instituição ao longo dos últimos 30 anos.

Ao falar sobre o novo modelo do Ministério Público, desenhado pela Constituição, Raquel Dodge lembrou a "importância da independência e da autonomia da instituição".

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"São requisitos necessários para a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. No Brasil, o Ministério Público é a instituição que aciona o sistema de freios e contrapesos e não permite que a hipertrofia de um poder oprima a sociedade", destacou.

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