Publicado em 15 de janeiro de 2020 às 17:40
Está quase pronto o relatório que analisa se houve quebra de decoro do deputado Capitão Assumção (PSL) quando ele ofereceu, em setembro, uma recompensa de R$ 10 mil para quem trouxesse o cadáver de um acusado de homicídio, durante um discurso no plenário da Assembleia Legislativa do Espírito Santo. >
O deputado Euclério Sampaio (sem partido), relator do caso, disse que está finalizando os últimos detalhes e que vai solicitar para que seu parecer seja lido na primeira quinzena de fevereiro, na comissão especial montada para analisar a questão. >
Euclério afirma que não pode indicar a direção do seu parecer, que, se entender que houve a quebra de decoro, pode pedir o afastamento ou até a perda do mandato do parlamentar. Vou pedir para que seja colocado em pauta. Não posso adiantar o que decidi, porque isso poderia anular meu relatório, alega.>
O pedido de análise foi feito pela própria Procuradoria Geral da Casa. Assumção ofereceu, em setembro de 2019, R$ 10 mil para quem matasse o suspeito de ter assassinado uma jovem em Cariacica. O artigo 294 do Regimento Interno da Assembleia diz que discursos que contenham incitação à prática de crimes são considerados atentatórios contra o decoro parlamentar. >
>
O relatório de Euclério será analisado por outros dois parlamentares que integram a comissão especial: Torino Marques (PSL) e Rafael Favatto (Patriota). Torino já declarou, em setembro, que acredita que não houve quebra de decoro. >
Não vejo (quebra de decoro). As palavras são do mandato dele, foram expostas por ele. Acho que não é passível de punição. Não adianta a OAB querer dizer que nós temos quem tem que decidir é aqui dentro. Temos que analisar, disse Marques, na época. Favatto ainda não se pronunciou sobre o caso. >
Segundo o presidente da Corregedoria da Assembleia, deputado Hudson Leal (Republicanos), caso a comissão decida por arquivar o caso, a discussão é encerrada. Já se o trio entender por algum tipo de penalidade contra Assumção, o parecer é levado para a Corregedoria, que é composta por cinco membros: Hudson Leal, Marcelo Santos (PDT), Euclério Sampaio, Torino Marques e Rafael Favatto.>
Lá, eles podem decidir por arquivar, adverter (verbalmente), censurar (por escrito), suspender o mandato (por até 30 dias) ou fazer Assumção perder o mandato. Para a suspensão ou perda do mandato, ainda, o caso é levado para votação no Plenário da Assembleia. >
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta