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Casagrande quer contratar obra na BR 262 até 2023 e novo cerco contra o crime

Casagrande quer contratar obra na BR 262 até 2023 e novo cerco contra o crime

Em entrevista ao Bom Dia ES, o governador eleito avaliou os desafios da nova gestão, principalmente aos ligados a infraestrutura e destacou também estratégias para a BR 101

Publicado em 31 de outubro de 2022 às 12:37

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Debate da TV Gazeta
Renato Casagrande foi reeleito com 53% dos votos. (Carlos Alberto Silva)

O governador do Espírito Santo Renato Casagrande (PSB) foi reeleito neste domingo (31) com 53% dos votos. Ele assume a cadeira do Palácio Anchieta pela terceira vez com alguns desafios em pauta como resolver o imbróglio das BRs 101 e 262, reduzir a violência e estabelecer algumas agendas com o governo federal.

Ele esteve nesta segunda-feira (31) no Bom Dia ES, da TV Gazeta. Entre as iniciativas para o novo mandato está um modelo de concessão para assumir a administração da BR 101 e a construção de um binário ligando Viana e Marechal Floriano.

BRs 101 e 262

O governador destacou que o Espírito Santo tem algumas necessidades para consolidar a capacidade de ser um Estado que funcione como porta de entrada e saída do Brasil para o mundo. Para isso, alguns investimentos em infraestrutura são essenciais.

A duplicação das BRs 101 e 262 e a ligação ferroviária para o centro do Brasil são essenciais para aperfeiçoar e modernizar a ligação do ES com os demais Estados.

Apesar de alguns gargalos, já houve avanços de investimentos da iniciativa privada e que contaram com apoio do governo como o Porto da Imetame e os avanços do Porto Central.

Alternativas para a BR 101

Casagrande avalia que o governo federal deveria publicar um novo edital de concessão da BR 101.

Mesmo com o impasse, o governador comentou que secretário da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Desenvolvimento Econômico, Ricardo Peçanha, tem debatido com a Agência Nacional do Transporte Terrestre (ANTT) e o Ministério da Infraestrutura sobre um modelo de concessão que ocorreu no Mato Grosso, onde o estado assumiu a administração da rodovia.

A iniciativa tem como objetivo avaliar as características deste modelo de contrato para estudar a possibilidade de também ser adotado no Espírito Santo, antes de uma nova concessão.

Ainda não há detalhes sobre o assunto, pois estão sendo feitos levantamentos para verificar se o Estado tem condições de agilizar os investimentos na BR 101.

Na BR 262, se não tiver uma decisão da duplicação da rodovia, está sendo feito um estudo da implantação de um binário, ligando Viana a Marechal Floriano, com objetivo de amenizar o fluxo de veículos na região. O projeto foi encomendado ao Departamento de Edificações e Rodovias do Espírito Santo (DER). A expectativa é que a obra esteja contratada até o final do ano que vem.

Consultas e exames com especialistas

O governo do Estado está tentando contratar psiquiatras para prestar serviços de consultas presenciais e a distância. Casagrande destacou que há dificuldades em contratar profissionais dessa especialidade e que este é um problema grave que Estados e municípios encontram.

Desde julho deste ano, a falta de consultas tem sido resolvida com a contratação de novos hospitais filantrópicos, além de parcerias de financiamento com os municípios para até o ano que vem todo esse passivo de consulta de exames e de cirurgias eletivas estejam resolvidos.

Fundo soberano

O governador explicou que o fundo soberano não é um dinheiro guardado, como chegou a ser mencionado por outros candidatos durante a campanha.

O recurso, segundo ele, tem sido utilizado para atração de novas empresas, especialmente aquelas que têm base tecnológica. Além disso, há incentivos para as organizações que já estão instaladas no Estado. O objetivo é gerar emprego e oportunidades para os capixabas.

Será lançado, em breve, um financiamento para compra de debêntures. A ideia é financiar indústrias que possam ser âncoras ao processo de desenvolvimento capixaba.

O recurso do fundo soberano também serve para investimentos em obras. Casagrande explicou que o governo não poder começar uma obra sem ter o dinheiro em caixa.

Ele também ressaltou que o dinheiro ajudou o enfrentamento da pandemia da Covid-19 e ainda na reconstrução de cidades que possam ser prejudicadas nos período de chuvas.

Segurança pública

O governador lembrou que em 2011, primeiro ano de mandato, o Espírito Santo era o Estado mais violento do Brasil e hoje ocupa a 13º posição.

Na atual administração, de acordo com ele, o índice de violência reduziu. Prova disso é o Estado vai fechar o período de quatro anos com o menor número de homicídios da história do Espírito Santo desde quando começou a ser contabilizado em 1996.

Para reduzir a violência, o governo do Estado investe em tecnologia para aumentar a capacidade e o controle das forças policiais sobre os atos criminosos.

Casagrande comentou que a epidemia de droga é um grande problema enfrentado pelos governantes. O governo do ES conta com o programa Rede Abraço, que abre a porta de acolhimento dos usuários e de suas famílias. Outro ponto defendido por ele é o fortalecimento das parcerias com os municípios.

O governador também defende mudanças na lei. Segundo ele, a legislação de fato é frouxa, mas, se apertar demais, vai aumentar a necessidade de investimentos no sistema prisional. “É necessário haver um equilíbrio”, comentou.

O governo do ES tem realizado investimentos em tecnologia, de acordo com o governador, que devem ser mantido nos próximos anos. Um deles é a contratação de um novo sistema de identificação civil e criminal, que vai permitir no decorrer do próximo ano, de acordo com o que a legislação permitir, fazer identificação facial de pessoas que estiverem praticando arrombamento ou furtando lojas. Para isso, serão necessárias parcerias com a CDL, associações comerciais e as guardas municipais.

Casagrande falou ainda sobre os ataques violentos que ocorreram no Estado recentemente. Sobre isso ele destacou que a reação e as prisões dos envolvidos foram feitos de forma rápida. “O crime organizado e as facções criminosas existem no Brasil todo. A diferença é que aqui nós estamos estruturados para enfrentar.”

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