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Publicado em 4 de setembro de 2024 às 18:38
O Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) indeferiu o registro de candidatura do candidato do PSB à Prefeitura de Itapemirim, Doutor Thiago Peçanha. A contestação à candidatura julgada procedente foi apresentada pelo Ministério Público Eleitoral e por duas coligações que também participam das eleições de 2024 no município. O argumento fundamental é que o ex-prefeito encontra-se inelegível após ter sido cassado em 2020 e, por isso, não pode participar da corrida. >
Eleito vice-prefeito em 2016, Thiago assumiu o cargo titular em 2017 e foi reeleito em 2020. Condenado por abuso de poder político e econômico, não chegou a concluir o mandato e foi declarado inelegível por oito anos. A sentença foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023 e a contagem do prazo iniciou-se a partir da data da eleição - no caso, 15 de novembro de 2020.>
Sendo assim, o juiz eleitoral da 22ª Zona Eleitoral José Flávio D’Angelo Alcuri esclarece que “o candidato ainda encontra-se inelegível para a disputa do presente pleito”. >
Além disso, o magistrado ressalta que a ocorrência de abuso de poder - apresentada pela Coligação “União para desenvolver Itapemirim” (composta por PRD, Mobiliza e pelo União Brasil do candidato Doutor Antônio) como argumento para contestação - transitou em julgado e, por isso, "não cabe em sede de registro de candidatura". Este trecho responde à defesa de Thiago que alegou a não ocorrência da prática irregular.>
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Já a coligação “Por uma Itapemirim Genial” (composta por PDT e MDB), que apoia o candidato Geninho (PDT), alega que, além das demais irregularidades, a candidatura do PSB também representaria a tentativa de exercer um terceiro mandato consecutivo, o que é proibido. >
Considerando a alegação, o juiz evidencia que “o TSE já definiu que a assunção à chefia do poder executivo, por qualquer fração de tempo ou circunstância, configura exercício de mandato eletivo e o titular só poderá se reeleger por um único período subsequente”.>
Diante dos argumentos, Thiago Peçanha foi impedido de concorrer ao cargo de prefeito, mas ainda pode recorrer da decisão. Procurado pela reportagem de A Gazeta, o ex-prefeito não quis se manifestar.>
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