Publicado em 14 de janeiro de 2021 às 19:27
- Atualizado há 5 anos
O marido da médica Aline Rosa Mangaravite de Carvalho é suspeito de atender pacientes no lugar da esposa em uma unidade de saúde do município de Atílio Vivácqua, no Sul do Espírito Santo. De acordo com uma denúncia feita à polícia, Gustavo Elias Diniz Silva de Carvalho, de 40 anos, usava o carimbo com o registro profissional da mulher para receitar medicamentos. O caso está sendo investigado.>
A doméstica Elisângela Costa foi atendida pelo suspeito no dia 7 de janeiro. Ao chegar em casa, o marido dela percebeu que o carimbo com o número do registro profissional no Conselho Regional de Medicina (CRM) na receita médica pertencia a uma mulher.>
“Quando olhei o CRM, era “Aline”, e ele [médico] colocou um “G” na assinatura. Ele estava exercendo a função dele de médico ilicitamente, não é há pouco tempo. Ele chegou a me receitar clonazepam. Tem um papel aqui que ele me receitou minha fisioterapia, onde tem carimbo da médica assinado por ele”, disse.>
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Desconfiada da situação, ela denunciou o caso ao vereador Renan Corrêa. No início da tarde desta quarta-feira (13), o vereador foi até a unidade de saúde e flagrou o suposto médico trabalhando no local. >
Um vídeo mostra o momento em que o suspeito alega que era estagiário da médica e que só estaria fazendo um “acompanhamento”. Entretanto, a médica, que é contratada pela prefeitura, não aparece nas imagens. O posto de saúde não possui ponto eletrônico.>
Um boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado na Polícia Civil. O médico foi conduzido até a delegacia e disse aos policiais que era estudante de Medicina, mas não explicou por que atendia no lugar da esposa e usava o carimbo dela.>
A Prefeitura Municip de Atílio Vivácqua disse que abrirá procedimento disciplinar para investigar o caso. A médica foi afastada temporariamente da função.>
O suspeito assinou um termo circunstanciado pelo crime previsto no artigo 282 do Código Penal, que é “exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico sem autorização legal” e foi liberado para responder em liberdade após assumir o compromisso de se apresentar em juízo.>
O Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES), em nota, disse que a denúncia foi recebida por e-mail, vai ser analisada e serão feitos os procedimentos para apurar a responsabilidade da médica envolvida no caso.>
Com informações do G1 ES>
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