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Publicado em 30 de abril de 2025 às 18:31
Uma investigação da Polícia Civil vai apurar ameaças de morte contra uma adolescente realizadas por colegas de classe em um grupo no aplicativo de mensagens WhatsApp. O caso aconteceu em Domingos Martins, na Região Serrana do Espírito Santo, e ganhou repercussão nesta quarta-feira (30) após um vídeo gravado pela mãe da aluna viralizar nas redes sociais. >
Apesar do vídeo viral, os nomes dos adolescentes e da escola não serão divulgados para proteger a identidade e integridade dos menores, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente.>
Em entrevista à reportagem de A Gazeta, a mãe da adolescente contou que soube dos ataques após uma colega da filha ter acesso ao conteúdo das conversas e, preocupada com o tom das mensagens, decidiu mostrar à estudante. >
“Ela (a colega) tirou 'print' de algumas partes da conversa porque achou importante ela (a filha) ficar sabendo”, relatou a mãe. A aluna então encaminhou os prints, que incluíam ameaças explícitas e referências a armas como facão e machado, à coordenação da escola", disse.>
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No entanto, a responsável pontua que a escola justificou a falta de medidas mais efetivas alegando que as conversas ocorreram fora do horário escolar. Ela disse que teme pela segurança da filha e optou por mantê-la afastada do colégio por enquanto, e que já buscou apoio da Polícia Civil, do Judiciário da Infância e Juventude, do Ministério Público e da Secretaria de Educação. >
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Mãe de estudante ameaçadaEla também pretende acionar judicialmente os responsáveis pelos adolescentes envolvidos. “Esses alunos precisam de uma medida socioeducativa. Isso não se faz. Você dizer que vai decepar a cabeça de uma colega, que vai matá-la com um facão. A minha vontade imediata é que esses adolescentes sejam afastados da escola e que minha filha possa estudar em paz", finalizou a mãe.>
A Polícia Civil informou, em nota, que o caso foi registrado na Delegacia de Polícia de Domingos Martins e que as investigações estão em andamento, mas o caso seguirá em sigilo por envolver menores de idade. Já o pedido de medida protetiva de urgência foi encaminhado à Justiça para análise. >
A Secretaria de Educação do Estado do Espírito Santo também foi procurada. Em nota, a Sedu respondeu que repudia qualquer tipo de violência e tem contribuído com a investigação das autoridades policiais. Os alunos participantes do caso, assim que identificados, no âmbito da unidade escolar, serão responsabilizados, conforme o Regimento Comum das Escolas Estaduais. >
Além disso, ainda de acordo com a Sedu, "a equipe escolar está em diálogo com a família e já solicitou a presença da Patrulha Escolar. Quanto aos estudantes, não só os envolvidos no caso em questão, mas todos que necessitarem, serão acompanhados pela equipe do programa de Ação Psicossocial e Orientação Interativa Escolar (Apoie), composta por uma equipe multidisciplinar. Vale ressaltar que a comunidade escolar sempre se caracterizou por um ambiente pacífico e este é um incidente isolado, sem precedentes na história da unidade de ensino", finalizou a secretaria.>
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