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Publicado em 22 de agosto de 2024 às 18:34
No dia 13 de novembro de 2022, Sara Conceição Serra dos Santos, de 20 anos, desapareceu. Desde então, a polícia e a família da jovem procuram respostas para o sumiço. Nesta quinta-feira (22), a Polícia Civil divulgou que o ex-namorado da atendente de supermercado, Diogénes de Freitas Ferreira dos Santos, de 43 anos, foi preso suspeito de matá-la e esconder o corpo. >
Para o titular da Delegacia Especializada de Pessoas Desaparecidas (DEPD), delegado Luiz Gustavo Ximenes, os elementos levantados na investigação apontam que Sara foi morta. Agora, a polícia trabalha para encontrar o corpo da jovem e dar um conforto a família.>
Sara conheceu Diogénes quando alugou uma de suas residências em Serra Dourada, na Serra. Eles começaram um relacionamento que durou três meses. Para a família, a jovem dizia que o homem era obsessivo.>
“Perseguia ela no trabalho, praticava a violência psicológica. A gente tem esses fatos no inquérito policial. Ele tem essa característica de não aceitar o fim do relacionamento”, relatou o titular da Delegacia Especializada de Pessoas Desaparecidas (DEPD), delegado Luiz Gustavo Ximenes.>
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Diógenes já responde processos no Rio de Janeiro e na Serra por perseguição a outras ex-namoradas e ameaça a própria família de Sara. >
A vítima foi até a casa do suspeito no dia do desaparecimento e pretendia terminar o relacionamento.>
Imagens de videomonitoramento mostraram o momento que Sara entra na casa de Diogénes, mas não sai. Já o homem, aparece saindo por três vezes, sendo a última delas, por volta das 20h do dia 13 de novembro. A polícia conseguiu o trajeto que ele fez e descobriu que o homem foi até Fundão e voltou na mesma noite.>
Após a família realizar o boletim de ocorrência do desaparecimento da jovem, Diogénes foi intimidado a prestar declarações e afirmou que não saiu de casa no dia que a jovem desapareceu, versão que foi negada pelas imagens obtidas pela polícia. Além disso, ele possuía uma lesão no rosto, parecida com arranhões, e se negou a fazer corpo de delito.>
Através das imagens, versões contraditórias, depoimentos e outras provas, a polícia conseguiu indiciar Diogénes por assassinato e ocultação de cadáver de Sara. >
“É complexo você provar um homicídio com ocultação de cadáver, se você não reunir provas indiretas. Então a gente conseguiu indiciar em 2024 e agora ele está preso. Durante a prisão, ele pareceu totalmente sereno, não teve nenhum comportamento, foi frio”, disse o delegado.>
Delegado Luiz Gustavo Ximenes
Titular da Delegacia Especializada de Pessoas DesaparecidasDurante a busca e apreensão na casa de Diogénes, a polícia encontrou diversos pertences de Sara, como documentos pessoais e roupas. No celular dele, a polícia também encontrou fotos da vítima em momentos em que ela não sabia que ele estava próximo, além de outras imagens dela.>
“Ele tirou cinco fotos de uma vez só de alguma reportagem da Sara desaparecida. Então você vê que o comportamento dele é obsessivo, que ele ficou vidrado realmente nessa pessoa”, explicou o titular da Delegacia Especializada de Pessoas Desaparecidas (DEPD), delegado Luiz Gustavo Ximenes. >
Antes de desaparecer, Sara chegou a enviar uma mensagem a irmã dizendo que iria conversar com uma pessoa e que se algo acontecesse a ela, os familiares saberiam quem foi.>
“Ela falou que queria sair da residência e terminar o relacionamento, porque ele já vinha perseguindo e ela já vinha reclamando com os familiares. Essa foi a última mensagem para a irmã”, disse Luiz Gustavo Ximenes.>
Ao ser preso, Diogénes se manteve em silêncio. Ele vai responder por homicídio qualificado por motivo torpe, em razão do sexo feminino e ocultação de cadáver.>
A reportagem tenta localizar a defesa de Diogénes. O espaço segue aberto para manifestações. >
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