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Publicado em 27 de julho de 2023 às 11:53
A Justiça estadual tornou réu e pediu a prisão preventiva do sargento da reserva Missias Pereira de Souza, da Polícia Militar. Ele é acusado de matar Lailton Pereira, de 55 anos, dono de um bar em Jacaraípe, na Serra. O crime ocorreu no dia 18 de abril e o empresário morreu 10 dias depois. >
A decisão da Justiça saiu na última terça-feira (25). A juíza Daniela Pellegrino de Freitas Nemer afirmou que o modus operandi com que foi cometido o delito é fator indicativo da periculosidade do réu. "O denunciado Missias efetuou disparos de arma de fogo dentro de um estabelecimento comercial, havendo diversas pessoas no local", manifestou preocupada a magistrada.>
Por se tratar de um policial militar, caso seja preso, Missias será levado para o Presídio Militar, localizado no Quartel do Comando Geral (QCG) da Polícia Militar, no bairro Maruípe, em Vitória. >
A reportagem procurou a Polícia Militar, para saber se Missias já deu entrada em algum presídio, considerando que teve prisão preventiva decretada, mas a corporação informou que não dispõe de informações sobre o caso.>
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Também demandada por A Gazeta, a Polícia Civil informou que o inquérito policial segue em andamento e não há detalhes que possam ser repassados neste momento. >
Dono de um bar na Serra, o empresário Lailton Pereira, de 55 anos, morreu na noite do dia 18 de abril, exatamente dez dias após ter levado um tiro no peito, enquanto trabalhava no próprio estabelecimento, em Jacaraípe. O suspeito de ter efetuado o disparo foi identificado como sargento Messias, da reserva da Polícia Militar.>
A confusão aconteceu no dia 8 de abril, durante a tarde. Um vídeo mostra quando o policial e um garçom começam a discutir. Logo em seguida, eles se agridem fisicamente, e a vítima aparece para tentar separar a briga. Alguns segundos depois, é possível ouvir o barulho de um tiro e algumas pessoas deixando o local, correndo.>
Em entrevista ao repórter Diony Silva, da TV Gazeta, a esposa de Lailton contou que o militar e um amigo ficaram bebendo durante horas no bar, antes de o crime acontecer. “Quando pagaram a conta, ele (policial) pediu mais uma cachaça e um 'litrão', só que teve uma confusão e ele começou a jogar tudo no chão”, disse Giovana Avancini Feliciano Pereira.>
Giovana Avancini Feliciano Pereira
Esposa do proprietário do barSegundo ela, o alvo do sargento era o garçom. “Quando ele deu o primeiro tiro, meu marido jogou duas cadeiras para apaziguar a situação. Depois, o Lailton pegou uma mesa e foi nessa hora que ele deu o segundo tiro, que pegou na mesa e no peito do meu marido. Ele ainda tem coragem de dizer que foi legítima defesa”, desabafou.>
De acordo com a mulher, o policial fugiu logo em seguida, dirigindo. A própria Giovana socorreu o marido para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Castelândia. Devido à gravidade do ferimento, ele precisou ser transferido para o Hospital Estadual Doutor Jayme Santos Neves, onde ficou até falecer.>
“Infelizmente, esse cara já se envolveu em muita confusão. Ele já foi expulso de vários bares. No meu, há quatro anos, ele brigou por causa de política e chegou a puxar a arma para outro cliente. Nesse dia, tiramos ele de lá”, contou. “Ele sempre andou armado, bêbado e dirigindo, mas a polícia nunca faz nada.">
Giovana Avancini Feliciano Pereira
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