> >
Mulher comeu lanche e fez sexo com amante após morte de idoso em Vila Pavão

Mulher comeu lanche e fez sexo com amante após morte de idoso em Vila Pavão

Eleni Martins Gonçalves é suspeita de, junto com o amante – que também está preso –, matar, esquartejar e dispensar o corpo do idoso em um rio; informação consta em termo de audiência de custódia

Publicado em 30 de abril de 2023 às 16:12

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Casa onde homem foi morto e esquartejado em Vila Pavão
Casa onde homem foi morto e esquartejado em Vila Pavão. (Rosi Bredowf)

Suspeita de matar um idoso, esquartejar o corpo, colocá-lo em duas sacolas e uma mala e jogar em um rio em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, Eleni Martins Gonçalves, de 59 anos, teria contado em interrogatório que comeu um lanche e teve relações sexuais com o amante depois do crime, conforme consta no termo de audiência de custódia – em que a prisão em flagrante da mulher foi convertida em preventiva. Roberto Pereira Lage, 44 anos, dono de funerária, é suspeito de coautoria na morte e também está preso. O caso aconteceu em Vila Pavão, na região Noroeste do Estado.

Eleni foi presa em flagrante por homicídio qualificado e ocultação de cadáver na última quinta-feira (27), confessou o crime, e teve a prisão convertida em preventiva neste sábado (29). O amante dela também está preso. A vítima é Sebastião Lopes de Jesus, 73 anos. O corpo dele teria sido colocado em duas bolsas e jogado em um rio em Colatina, mas ainda não foi encontrado e as buscas foram suspensas pelo Corpo de Bombeiros, segundo informação da corporação em nota enviada neste domingo (30).

Na decisão da audiência de custódia, a juíza Paula Moscon avaliou que não havia requisitos para a prisão em flagrante, mas apontou que, pela crueldade do caso, Eleni deveria ser mantida presa preventivamente. 

Aspas de citação

Trata-se de crime bárbaro, cometido com grande crueldade, contra pessoa idosa que se encontrava, ao que tudo indica, deitada em sua cama quando teve a vida ceifada

Juíza Paula Moscon
Trecho de decisão de audiência de custódia
Aspas de citação

Segundo a Polícia Militar, Sebastião teria sido assassinado uma semana antes da prisão de Eleni e o corpo dele estaria sendo mantido dentro de casa. Vizinhos denunciaram às autoridades que a suspeita teria retirado sacolas e uma mala de casa e que havia um odor muito forte de sangue. Na frente da residência havia um veículo de uma funerária, que seria de Roberto, amante de Eleini.

Segundo o auto de prisão em flagrante, foram encontradas manchas de sangue humano na calçada e no carro da suspeita, onde ela transportou a sacola e a mala com o corpo de Sebastião. À polícia, Eleni deu versões conflitantes sobre o caso, mas confirmou ter cometido o assassinato. Contudo, disse que, ao chegar no local de desova, em Colatina, desmaiou e não viu mais nada.

"Houve esquartejamento do corpo, que foi jogado de uma ponte, em um rio de Colatina, o que denota que os criminosos percorreram de carro em torno de 154 km com o fim de ocultar o cadáver já esquartejado", diz a decisão.

Ao entrarem na casa, policias relataram um odor muito forte de carne podre e muito produto de limpeza, utilizado para maquiar o cheiro.

"Ainda dos autos se extrai a frieza de comportamento dos agentes, que após a morte e esquartejamento da vítima, empreenderam esforços para a limpeza do local do crime, utilizando diversos produtos químicos a fim de maquiar os vestígios, na tentativa de se esquivar de eventual persecução penal",  escreveu a juíza.

A atitude fria de Eleni diante da morte do idoso, segundo a magistrada, também é demonstrada pelo pato de ela ter lanchado e tido relações sexuais com o amante logo depois de desovar o corpo. 

Aspas de citação

Segundo interrogatório da própria autuada, agiu demonstrando extreme frieza já que, após livrarem-se do corpo, fez uma refeição e teve relação sexual com o suposto coautor

Juíza Paula Moscon
Trecho de decisão de audiência de custódia
Aspas de citação

Apontado como coautor da morte, Roberto já tinha sido preso em 2018 por receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor, na Serra. O dono da funerária utilizava o carro roubado para transportar cadáveres.

A denúncia surgiu do próprio proprietário do veículo, que é de Minas Gerais, e entrou em contato com a delegacia após receber multas registradas no Espírito Santo. Na ocasião, o suspeito estava ainda em liberdade condicional por crime de tráfico de drogas.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais