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Publicado em 24 de outubro de 2024 às 18:38
O Tribunal do Júri condenou Thayla Bonicenha Crivellari Fim a 25 anos de prisão e o amante, Françoá de Souza Calabianqui, a 21 anos, pelo assassinato de Alexandro Fim, marido de Thayla. O crime ocorreu em 25 de julho de 2021, na região de Monte Alverne, zona rural de Castelo, no Sul do Espírito Santo. >
Eles foram condenados pelo homicídio da vítima, que morreu por asfixia. A investigação da Polícia Civil revelou que Françoá confessou ter mantido um relacionamento com Thayla meses antes do crime, alegando não saber que ela era casada. >
Cerca de um mês antes do assassinato, ambos planejaram matar a vítima. Françoá afirmou que no dia do crime, eles combinaram os detalhes por telefone. Thayla relatou que, após enviar uma mensagem para o amante pedindo que ele fosse até a casa dela, abraçou o marido, segurando pelos braços, enquanto Françoá o estrangulava.>
Segundo o Ministério Público (MPES), os réus, que já estavam em prisão preventiva, cumprirão a pena inicialmente em regime fechado e não poderão recorrer em liberdade. Thayla e Francoá foram condenados por homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima — além de fraude processual.>
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Na época do crime, Thayla e Alexandro eram casados há 7 anos.>
A denúncia do MPES, aceita pela Justiça, detalha que Thayla e o marido, Alexandro, estavam na cozinha de casa quando Françoá, identificado como amante de Thayla pela investigação, chegou ao local. Thayla abraçou o marido para distraí-lo, momento em que o amante agarrou a vítima por trás e o asfixiou até a morte.>
Segundo o MP, após o crime, os réus esconderam alguns objetos no forro de gesso da casa para simular um latrocínio (roubo seguido de morte), tentando enganar a perícia da Polícia Científica. Em seguida, Françoá conduziu o carro do casal até a localidade de Limoeiro, na zona rural de Castelo, e retornou ao local do crime. >
Conforme o plano, ele trancou Thayla e a filha do casal, de 2 anos e 7 meses, no quarto. Horas depois, Thayla ligou para os pais, apresentando a versão "fantasiosa" de um suposto latrocínio, segundo o Ministério Público.>
O promotor de Justiça Luis Felipe Simão destacou que o crime foi cometido utilizando recurso que dificultou a defesa da vítima. Françoá atacou Alexandro pelas costas, após Thayla distraí-lo. "É importante registrar que a vítima estava sob efeito de remédios controlados, ou seja, não teve nenhuma oportunidade de resistir", afirmou o promotor. >
Luis Felipe Simão
Promotor de JustiçaA reportagem de A Gazeta entrou em contato com o escritório de advogacia responsável pela defesa de Thayla Bonicenha Crivellari Fim, e tenta localizar a defesa de Françoá de Souza Calabianqui, mas não houve retorno. O espaço segue aberto.>
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