Publicado em 6 de junho de 2023 às 15:24
"É revolta, indignação. Que Justiça é essa?", questiona Rita de Cássia Meireles, esposa de Francisco Carlos do Nascimento, de 63 anos, morto atropelado após uma confusão por som alto no bairro Cidade Continental, na Serra, em março de 2022. >
Desde então, o acusado do crime, Márcio Tyrone Conti de Amorim, de 22 anos, estava foragido. No mês de abril, no entanto, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) permitiu que o jovem respondesse ao processo em liberdade. O benefício concedido pelo STJ causou reações da esposa de Seu Carlinhos e também de Jovita Pires, uma segunda vítima do atropelamento, que chegou a ser atendida no hospital e foi liberada. >
Em entrevista ao repórter Paulo Ricardo Sobral, da TV Gazeta, as duas relataram indignação com a decisão da Justiça. >
Rita de Cássia Meireles
Esposa de Francisco Carlos do NascimentoA esposa do idoso morto não tem dúvidas sobre a autoria do crime. "Aquilo foi proposital", afirmou. "A falta que ele faz é imensa. Já fez um ano e às vezes não acredito no que aconteceu, uma coisa absurda", disse.>
>
A segunda vítima do atropelamento é Jovita Pires. Ela precisou de atendimento médico no dia do crime, mas foi liberada.>
"Eu vi a cena todinha de ele sendo jogado para cima. O carro bateu em mim e depois bateu no Seu Carlinhos. Eu só não fui atropelado porque tinha uma moto, ele desviou e não pegou em mim", contou à TV Gazeta.>
O advogado de Márcio chegou a dizer que ele tem transtornos psiquiátricos, versão contestada pelos delegados na ocasião. O advogado do jovem, Pablo Ramos Laranja, ingressou com quatro pedidos na Justiça relacionados ao caso, incluindo um habeas corpus, mas todos foram negados em junho de 2022. Pela decisão do STJ, Márcio deve seguir medidas cautelares, como por exemplo o monitoramento eletrônico.>
"Inicialmente ele foi considerado foragido, mas não se apresentou porque vive à base de medicamentos. Ele vem fazendo acompanhamento psiquiátrico, não tem ficha de antecedentes criminais, nunca teve nenhum tipo de problema. Apenas esse. Hoje ele vem colaborando com todas as medidas cautelares fixadas. Agora ele passa a responder onde já foi agendada a próxima audiência para o final do ano que vem", declarou Pablo Ramos Laranja.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta