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Gerente do tráfico do Morro da Garrafa é preso com armas escondidas em casa

Gerente do tráfico do Morro da Garrafa é preso com armas escondidas em casa

Valdeir José dos Santos Júnior, o Kauê, de 28 anos, era um dos alvos da Operação In Flames, que aconteceu nesta sexta-feira (11)

Publicado em 11 de agosto de 2023 às 18:02

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Valdeir José dos Santos Júnior, o Kauê, de 28 anos: gerente do tráfico do Morro da Garrafa
Valdeir José dos Santos Júnior, o Kauê, de 28 anos: gerente do tráfico preso no Morro da Garrafa. (Divulgação | Polícia Civil)
Júlia Afonso
Repórter / [email protected]

O gerente do tráfico do Morro da Garrafa, na Enseada do Suá, em Vitória, foi preso durante a Operação In Flames, que aconteceu nesta sexta-feira (11). Valdeir José dos Santos Júnior, o Kauê, de 28 anos, foi capturado em casa. No local, ele escondia duas armas de grosso calibre. Outros quatro suspeitos, integrantes da mesma organização criminosa, também foram presos. 

Kauê era um dos alvos da operação, que tinha como foco o cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão em bairros da Capital e da Serra.

Gerente do tráfico do Morro da Garrafa é preso com armas escondidas em casa

"Era um gerente muito importante do Morro da Garrafa. Ele estava na casa com a mulher e a filha pequena, e estava com duas armas de fogo de grosso calibre, uma pistola 9mm e outra calibre 12, todas estrangeiras. É um indivíduo de alta periculosidade e que estava lá chefiando in loco o Morro da Garrafa no momento, apesar da grande liderança do Morro da Garrafa estar presa", explicou o delegado Romualdo Gianordoli, superintendente de Polícia Especializada (SPE). 

De acordo com o delegado Alan Moreno de Andrade,  titular da Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (DEFA), a espingarda estava embaixo do sofá e a pistola estava no meio de um cesto de roupa suja. 

Além dele, outros quatro suspeitos foram presos, um deles no bairro Hélio Ferraz, na Serra. "Quando entramos no Morro da Garrafa teve foguetório, mas eles não sabiam que estavam com mandados pois eram sigilosos, então não esboçaram reação. O da Serra fazia segurança dos bailes clandestinos e também levava drogas e armas. Os outros vão desde vapor até os que fazem contenção. É muito difícil eles terem resistência [à prisão], o que acontece é de às vezes alguém conseguir fugir", disse Gianordoli.

Gabriel Augusto Nunes, o Blaike, e Lucas Soares Martins, o Cara de Urso
Gabriel Augusto Nunes, o Blaike, e Lucas Soares Martins, o Cara de Urso. (Divulgação | Polícia Civil)

Foi o caso de um dos alvos, o Lucas Soares Martins, conhecido como Cara de Urso. "Ele tem mandado de prisão por homicídio e organização criminosa. Já prendemos irmãos dele, inclusive, e hoje chegamos perto de encontrá-lo, mas infelizmente a casa tinha muitas rotas de fuga. Ele conseguiu ouvir o olheiro e fugiu deixando para trás munições e drogas", comentou o delegado. 

Outro criminoso, que já foi chefe do Morro da Garrafa por muito tempo, também é procurado pela polícia. Trata-se de Gabriel Augusto Nunes, o Blaike, que tem mandado de prisão por um homicídio na Serra. "Tão logo nós tentamos prendê-lo ele foi para o Rio de Janeiro, até então as últimas informações é que ele ainda estava lá", revelou Gianordoli.

O que foi apreendido

Ao final da operação foram apreendidos:

  • 1 espingarda semi-automática calibre 12, marca Derya, modelo MK12 (Turquia)
  • 1 pistola calibre 9mm, marca Sarsilmaz, modelo CM9 (Turquia)
  • 97 cartuchos de calibre 9mm
  • 16 cartuchos de calibre .380
  • 10 cartuchos de calibre 12
  • 6 cartuchos de calibre .40
  • 3 cartuchos de calibre 5.56mm
  • 3 carregadores de pistola, sendo um alongado
  • 1 carregador de espingarda cal. 12 semi-automática
  • 1 porta-carregador duplo
  • R$ 462,85
  • 34 buchas de haxixe
  • 1 porção de aproximadamente 70g de haxixe
  • 4 pinos de cocaína
  • 1 porção de aproximadamente 50g de maconha
  • 2 balanças de precisão
  • vasto material para embalo

Mais sobre a facção

Segundo o delegado Romualdo Gianordoli, no início das investigações o grupo criminoso que atuava no Morro da Garrafa se identificava com pertencente à facção Terceiro Comando Puro (TCP). "Mas aí entra a bagunça, porque eles sempre foram fechados com o Bairro da Penha. Agora parece que eles se filiaram ao Primeiro Comando de Vitória (PCV) de vez, apesar de terem vários símbolos do TCP lá dentro do morro ainda."

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