Repórter / [email protected]
Publicado em 24 de outubro de 2023 às 17:32
Uma loja de celulares teve um prejuízo de R$ 100 mil depois que assaltantes levaram todo o estoque em um assalto que ocorreu nesta segunda-feira (23). Durante a ocorrência, o dono do estabelecimento e as duas atendentes que estavam no local — que fica no bairro Serra Sede, na Serra — foram presos em um cômodo enquanto os dois suspeitos faziam uma limpa nas gavetas e nas prateleiras. >
Antes de anunciarem o roubo, a dupla se passou por clientes, momento registrado pela câmera de monitoramento que fica no teto. Enquanto um deles pegava água, o outro sentou em frente a uma das atendentes e fingiu pegar algo na bolsa, mas tirou uma arma de fogo.>
Após saírem do espaço de vendas, Alan tentou ir atrás dos assaltantes para ver para onde iriam, mas as colegas de trabalho o seguraram. Mesmo não conseguindo ver pessoalmente a direção dos assaltantes, a câmera que fica na porta filmou a dupla andando com calma e sem preocupação. Devido à tranquilidade, o proprietário acredita que alguém esperava os criminosos em um veículo.>
"Na hora que eles entraram eu percebi porque foi uma situação atípica. Quem pede água normalmente fica na porta e ele já entra bem nervoso e olhando para cima. Passaram várias coisas na minha cabeça porque sabia o que ia acontecer e tentei me acalmar e não piorar a situação", contou o empresário Alan Rodrigues.>
>
Em conversa com o repórter da TV Gazeta Álvaro Guaresqui, Alan contou que a loja tinha sido reabastecida recentemente para vendas na Black Friday e já era o começo da preparação para as vendas de final de ano. O comerciante afirmou que é o momento de dar um passo para trás para poder recomeçar.>
“As meninas tinham acabado de catalogar tudo que tinha chegado. Eu comecei de pouquinho a pouquinho, trabalhei sozinho, não tinha funcionário nenhum, era eu que entregava, fazia nota fiscal. Não estou grande, mas para mim, que veio de baixo aqui e hoje tenho uma loja já estou no lugar que eu nunca imaginei chegar, então para mim onde eu estou é muito. Agora, vou me reerguer e tenho ajuda de amigos e fornecedores que já me ligaram oferecendo apoio“, desabafou.>
O prejuízo para a saúde mental é outro impacto do assalto. O empresário comentou que qualquer um que chega na porta da loja acaba o assustando. Para o comerciante, isso é um trauma imensurável e nem sabe quando vai durar, mas vai procurar ajuda e seguir em frente para tudo ficar bem.>
Apesar de toda a situação, o empresário tem esperança, e espera conseguir em um ou dois anos estar voltar à situação que se encontrava antes do roubo.>
Alan Rodrigues
EmpresárioA Polícia Militar foi demandada pela reportagem, mas disse que não há registros sobre a ocorrência. No entanto, o empresário afirmou ao repórter Álvaro Guaresqui que ligou para o 190, mas a polícia não apareceu. Acionada novamente, a PM disse que é necessário o número de telefone pelo qual foi feita a denúncia, pois "sem o número de telefone não conseguimos verificar se houve o chamado junto ao Ciodes". >
A Polícia Civil orientou que a ocorrência seja registrada para que a investigação seja iniciada. Ressaltou ainda que denúncias podem ser feitas de forma anônima via telefone 181. >
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta