A prisão ocorreu na Serra, mas o homem que foi preso, segundo a polícia, comandava o tráfico de drogas em uma cidade do Norte do Estado. Na manhã desta sexta-feira (2), em uma ação comandada pela Delegacia Especializada de Narcóticos (Denarc) de Nova Venécia, a Polícia Civil prendeu Anderson Cirino, de 38 anos, que era apontado como o chefe do comércio de entorpecentes do município.
A operação foi realizada simultaneamente nas cidades da Serra, onde ele foi preso em um lava a jato que mantinha em Balneário Carapebus, e também em Vila Pavão, onde o traficante também tinha braços na venda de drogas. Além dele, outras quatro pessoas foram presas na Operação Desmonte. Armas, drogas, balança de precisão, munição, um relógio de luxo e até um veículo também foram apreendidos.
Em coletiva realizada na manhã desta sexta-feira, o titular da Denarc de Nova Venécia, delegado Douglas Sperandio, explicou como a polícia chegou até o investigado, que estava se escondendo no município da Grande Vitória. As investigações duraram cerca de dois anos até que o traficante fosse preso.
Antes disso, em 2007, "Dando", como Anderson Cirino era conhecido, já havia sido preso pelo crime de tráfico de drogas. Cerca de três anos após deixar a cadeia, ele se mudou para a região metropolitana, mas ainda mantinha o comércio de drogas em Nova Venécia. Somente nos últimos 14 meses, as investigações da polícia identificaram cerca de R$ 200 mil em movimentação financeira em contas dele, da esposa e da própria mãe.
"O indivíduo preso hoje era o chefe do tráfico nos bairros Bonfim, Centro e São Cristóvão, todos em Nova Venécia. A quebra do sigilo bancário dele trouxe a constatação de depósitos seguidos no valor de mil reais, tanto na conta dele, da mãe e da esposa, o que era incompatível com a renda delas. A mãe é uma senhora aposentada e a mulher é dona de casa", detalhou Sperandio.
Mesmo distante da cidade onde nasceu, Anderson seguia comandando o tráfico diretamente na Serra e os depósitos eram provenientes da venda dos entorpecentes em Nova Venécia.
Para não levantar suspeitas, o traficante montou um lava a jato no bairro onde residia. Além de lavar carros, o estabelecimento também era usado para a venda de entorpecentes. Cumprindo com o mandado de busca e apreensão, a polícia foi até o local e prendeu Anderson Cirino. A identificação dele foi obtida pela reportagem da TV Gazeta.
O delegado destacou ainda que os outros quatro detidos tinham ligação com Anderson e ainda há uma pessoa foragida. O traficante e os demais foram autuados por tráfico de drogas, associação ao tráfico e ainda lavagem de dinheiro.
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