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Após 2 meses, corpo de ciclista morto por filho e nora no ES é liberado

Após 2 meses, corpo de ciclista morto por filho e nora no ES é liberado

Liberação do corpo de Duramir Monteiro Silva, de 54 anos, ocorreu nesta quarta-feira (24) após Polícia Civil concluir inquérito. Velório ocorre nesta quinta-feira (25)

Publicado em 25 de agosto de 2022 às 10:53

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Corpo de Duramir Monteiro Silva é velado quase dois meses após crime em Cachoeiro
Corpo de Duramir Monteiro Silva é velado quase dois meses após crime em Cachoeiro. (Gustavo Ribeiro | Redes sociais)

Foi liberado nesta quarta-feira (24), um mês após o crime, o corpo do ciclista e motorista de aplicativo, Duramir Monteiro Silva, de 56 anos. Ele foi morto a facadas e teve o corpo incendiado pelo filho e a nora em Castelo, no Sul do Espírito Santo em julho deste ano. O velório de Duramir acontece nesta quinta-feira (25), no bairro Aeroporto, em Cachoeiro de Itapemirim.

As investigações da Polícia Civil apontaram que os suspeitos do crime, o filho da vítima, João Vitor Silva Brito, de 24 anos, e a namorada dele, Beatriz Gazone de Azevedo, de 20, premeditaram o crime porque queriam os bens da vítima.

Segundo a polícia, João Vitor e Beatriz foram presos e confessaram o crime, mas alegaram que ele foi motivado por ciúmes porque a jovem teria sido assediada pela vítima, hipótese descartada pela polícia, de acordo com o delegado Filipe Rivas.

"Não tinha nada de conotação sexual, a conotação era, como a gente já desconfiava, era patrimonial. Queriam ficar com a casa, queriam ficar com o carro do seu Duramir, na posse dos valores que ele tivesse, inclusive, foi apreendido R$ 20 mil na residência", disse o delegado Filipe Rivas em julho deste ano, quando o casal foi preso.

INQUÉRITO CONCLUÍDO

João Vitor e Beatriz permanecem presos. Com a conclusão do inquérito nesta quarta-feira (24), a Polícia Civil pediu à Justiça que a prisão temporária do casal seja convertida em prisão preventiva.

João Vitor Silva Brito, de 24 anos, foi preso e confessou ter matado o pai a facadas e incendiado o corpo dele no ES
João Vitor Silva Brito, de 24 anos, foi preso e confessou ter matado o pai a facadas e incendiado o corpo dele no ES . (Reprodução)

O casal será indiciado por homicídio qualificado, destruição de cadáver, fraude e coação porque ameaçou a mãe de João Victor obrigando-a a dar um depoimento falso para a polícia.

João Victor também será indiciado por porte ilegal de arma porque comprou uma arma dois dias após o crime.

SOBRE O CRIME

No dia do crime, antes de assassinar Duramir, o casal dopou o ciclista. "Preparam, toda aquela situação. Armaram como iam dar fim na vida do seu Duramir. Colocaram a medicação tanto no suco como na refeição da vítima. Nisso que ele está jantando, possivelmente em razão do efeito do remédio, ele passa a desfalecer e vem caindo perto dela e passa a mão nas costas dela caindo. Nisso ela pega a faca e desfere a primeira facada na barriga dele. Na sequência, o filho vem, pega outra faca e começa a desferir golpes contra o pai", detalhou o delegado Filipe Rivas.

Depois de morto, o casal colocou o corpo do ciclista no porta-malas do carro dele. O cartão da vítima foi usado para abastecer o veículo. Um vídeo registrou o momento em que João Vitor compra gasolina para incendiar o corpo do pai.

O corpo do ciclista foi levado para uma propriedade no interior de Castelo. Antes de enterrar, os dois colocaram fogo no corpo de Duramir.

ROTEIRO POR ESCRITO PARA ESCAPAR DA PRISÃO

De acordo com o delegado Felipe Rivas, o casal preparou um roteiro por escrito, para ser decorado e apresentado tanto à polícia como aos familiares com o objetivo de evitar que eles fossem identificados como autores do crime.

"Durante o cumprimento das buscas nós apreendemos um caderno e ele tem todo um roteiro do que eles iam dizer na delegacia ou se fossem questionados por qualquer pessoa. 'Por onde vocês andaram de carro?' , já tinha o que falar. 'Que horas era?', já tinha resposta pronta", disse o delegado.

Filho confessa ter matado ciclista em Cachoeiro e esconder corpo em Castelo
Filho confessa ter matado ciclista em Cachoeiro e esconder corpo em Castelo. (Divulgação/ PC )

O delegado Felipe Rivas disse após a prisão de João Vitor que o crime chocou ainda mais pela frieza. "São 15 anos de profissão e a frieza assusta. Mataram o seu Duramir a facadas, enrolaram em um lençol, enrolaram em um tapete, enrolaram em mais um edredom, colocaram no porta-malas, passaram em um posto de gasolina, compraram combustível com o cartão do seu Duramir, seguiram para essa propriedade rural, que é de familiar dessa menina, nesse local eles primeiro jogaram três litros de combustível em cima do corpo dele, atearam fogo, esperaram o fogo abaixar, atearam fogo novamente e, ao amanhecer, quando já estava com uma fumaça muito alta, eles apagaram o fogo e retornaram para Cachoeiro. Retornaram para Cachoeiro e ainda foram para a padaria para tomar café", relatou o delegado.

*Com informações do repórter Gustavo Ribeiro, da TV Gazeta

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