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Quantidade de pó preto aumenta em vários locais da Grande Vitória

Quantidade de pó preto aumenta em vários locais da Grande Vitória

Números de um relatório do Iema mostram que a concentração de pó preto em 6 locais monitorados na Grande Vitória aumentaram na última medição

Publicado em 13 de março de 2019 às 14:39

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Pó Preto em Vitória. (Reprodução/TV Gazeta)

Números do relatório que mede a concentração de pó preto mostraram que a quantidade de poluição aumentou em vários lugares na Grande Vitória. Em comparação com janeiro do ano passado, seis dos 10 pontos monitorados tiveram uma quantidade maior de poeira sedimentável por metro quadrado. Os dados são disponibilizados pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).

O pó preto, que tanto incomoda os moradores da Região Metropolitana, é composto, em sua maior parte, por partículas de minério de ferro e carvão, que saem de empresas que atuam na Ponta de Tubarão. Dos seis pontos que tiveram um aumento na concentração de pó preto, quatro ficam em Vitória, um na Serra e o outro em Cariacica.

A pior situação em Vitória é no ponto de medição do Hotel Senac, na Ilha do Boi. Em janeiro do ano passado a quantidade de pó preto verificada foi de 6 g/m² e em janeiro deste ano a quantidade subiu para 7,8 g/m². Neste local, a quantidade de pó preto ultrapassou o limite tolerável estipulado pelo município, que é de 6,28 g/m². Na Capital, os outros três locais com medição superior a janeiro do ano passado ficam no Clube ítalo, na Ilha do Boi; no Ministério da Fazenda, Centro da Cidade; e no Quartel do Corpo de Bombeiros, na Enseada do Suá.

O secretário de Meio Ambiente de Vitória, Luiz Emanuel Zouain, afirmou que a cidade mantém a fiscalização da emissão de partículas de carvão e minério de ferro. Zouain também afirmou que a prefeitura espera a instalação de um novo sistema de combate às emissões de poluição, no pátio da Vale.

"Os canhões de névoa, que estão dentro do Termo de Desinterdição Condicionada que assinamos com a empresa, serão instalados até junho. A gente resolveu antecipar tudo isso, para tentar miniminizar o impacto dessa poluição atmosférica na nossa região, diminuindo esses índices assustadores", explicou o secretário.

Na Serra, o medidor com aumento na quantidade de pó preto fica no Hospital Dório Silva, em Laranjeiras. A quantidade de pó por metro quadrado encontrado por lá subiu de 6 para 6,6 gramas. Em Cariacica, um aumento considerável aconteceu no medidor da Ceasa, no bairro Vila Capixaba. De janeiro do ano passado para este ano, a quantidade de pó preto subiu de 7,4 para 9,7 gramas por metro quadrado. Fora de Vitória, o limite tolerável de pó preto, estipulado pelo Governo do Estado, é de 14 g/m².

PROBLEMAS DE SAÚDE CAUSADOS PELA POLUIÇÃO 

O alergista Gilmar Domingues Cardoso citou os grupos de pessoas mais vulneráveis às doenças causadas pela poluição com o pó preto.

"As crianças, os idosos e todas as pessoas que tem problemas respiratórios são as mais sensíveis. O pó preto é um irritante muito potente, que pode causar renite, sinusite, bronquite ou agravar algum problema que a pessoa já tem. Mesmo pessoa não alérgicas, podem passar mal", opinou o médico.

EMPRESAS DA PONTA DE TUBARÃO SE POSICIONAM

Em resposta ao aumento da quantidade de poeira sedimentável na Grande Vitória, a Vale informou que tem investido para aprimorar seus controles ambientais e reduzir cada vez mais suas emissões. A empresa citou que faz aplicação de produto à base de celulose nas pilhas de minério e carvão, e que obras para a instalação de canhões de névoa no pátio de pelotas estão em andamento.

A ArcelorMittal Tubarão informou que tem conseguido reduzir suas emissões. A empresa tem implementado uma série de investimentos e ações de melhoria afim de potencializar seus equipamentos e tecnologias de controle ambiental.

MEDIÇÕES DE JANEIRO DE 2018

Dados da medição mensal de poeira sedimentável nas estações em 2018. (Reprodução)

MEDIÇÕES DE JANEIRO DE 2019 

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Dados da medição mensal de poeira sedimentável nas estações em 2018. (Reprodução)

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