Data: 19/12/2019 - ES - Vitória - Mulher rompe com o ciclo da violência - Editoria: Cidades
Data: 19/12/2019 - ES - Vitória - Mulher rompe com o ciclo da violência - Editoria: Cidades. Crédito: Ricardo Medeiros

No combate à violência contra a mulher, A GAZETA lança projeto "Todas Elas"

Reportagens em vídeos, textos, infográficos, podcasts, todos relacionados ao tema, serão reunidos em A Gazeta em 2020

Tempo de leitura: 3min
Publicado em 01/01/2020 às 05h58
Atualizado em 07/08/2020 às 15h27

O progresso feminino na sociedade não é capaz de acabar com os desafios que as mulheres ainda enfrentam. A discriminação de gênero é real, elas recebem menores salários, são rejeitadas por serem mães, são alvos de assédio no ambiente corporativo. Em casa, muitas são vítimas de violência doméstica. Para dar mais visibilidade a esses problemas e as formas de enfrentá-los, A Gazeta criou o projeto Todas Elas, que entra na rotina da redação A Gazeta/CBN Vitória a partir de hoje.

Para isso, reportagens em vídeos, textos, infográficos, podcasts, todos relacionados ao tema, serão reunidos em A Gazeta. Também estão previstos encontros específicos para discutir esses desafios, como palestras em escolas e empresas. A editora-chefe da Redação A Gazeta/CBN, Elaine Silva, esclarece que o projeto só reforça o compromisso de A Gazeta em fazer o Espírito Santo melhor.

“Temos um alto índice de violência contra mulher e feminicídio ao longo de toda a história do Espírito Santo. É inaceitável. Mas não podemos simplesmente ficar paralisados enquanto vários casos se repetem aos quatro cantos capixabas. Por isso, decidimos assumir o compromisso de dar ainda mais visibilidade às histórias de mulheres que sofrem abusos e violências de todos os tipos. Mas não é só isso, não queremos apenas enumerar uma série de dores e traumas. Nosso propósito é tentar fazer todos refletirem. E mais ainda, queremos ajudar essas mulheres a superar seus sofrimentos e dar a volta por cima. O Todas Elas quer estimular a população capixaba a discutir o tema, propor ações para mudar essa realidade e não deixar que mais nenhuma mulher morra só por ser mulher”, ressalta.

CONTADOR DE FEMINICÍDIO

Já a partir deste primeiro dia do ano, A Gazeta passa a contar numericamente todos os casos de feminicídio no Espírito Santo. A intenção é que, por meio dessa ferramenta, as histórias fiquem registradas, além de servir de alerta para tentar inibir novos crimes e buscar respostas das autoridades.

As editorias da redação serão responsáveis para gerar o conteúdo para o Todas Elas, como a de Economia, comandada por Mikaella Campos. “O projeto vai mostrar que a violência contra mulher também tem um viés econômico. Estamos falando de agressões que ferem o emocional e colocam em xeque a capacidade feminina pelo trabalho. Muitas são vítimas todos os dias da discriminação no mercado. Apesar de toda a competência que podem mostrar, algumas são preteridas pelos empregadores apenas pelo fato de serem mulheres, outras por serem mães. Há ainda as vítimas de assédio sexual”, pontua.

Para Mikaella, essa visão sexista precisa ficar para trás também no ambiente corporativo. "É claro que muita coisa tem melhorado nas empresas, mas as batalhas ainda são grandes na jornada pela valorização. As mulheres têm potencial para liderança, devem ser respeitadas como boas profissionais e merecem melhores salários. A discriminação profissional é uma violência que precisamos combater", completa.

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