A proximidade do Dia das Mães aumenta a procura por presentes e aquece o comércio em várias partes do país. Mas para que essa data tão especial não vire um problema, os consumidores precisam ficar atentos para não errar e depois ter dificuldades para fazer a troca do produto.
A presidente do Procon do Espírito Santo, Lana Lages, afirma que o mês de maio registra uma grande quantidade de reclamações dos consumidores, relacionadas à compra de produtos com defeito ou dificuldade na troca. Em 2016 foram 445 reclamações registradas no mês de maio, em 2017 foram 287 e em maio do ano passado foram 292 queixas de consumidores. No entanto, Lana Lages afirma que, em muitos casos, os consumidores não ficam atentos para as regras de troca e exigem o benefício em oportunidades que não têm direito.
Um dos casos mais comuns é na compra de roupas ou calçados em lojas físicas, quando o presente é comprado em tamanho errado e os clientes retornam na loja exigindo a troca. A presidente do Procon destaca que, nessas ocasiões, o lojista não é obrigado e trocar o produto.
"A troca é obrigatória nas compras feitas pela internet ou por catálogo, quando você não tem acesso direto ao produto. Comprando em lojas físicas, você tem que perguntar ao lojista se existe a possibilidade de trocas", explicou a representante do Procon.
Outra dica relevante da representante do Procon é relacionado à pesquisa de preços. Para que o presente não faça mal para o bolso e cause um endividamentos, a melhor saída é a boa e velha comparação de preços. Em caso de compras no dinheiro, Lana Lajes orienta para que os consumidores peçam descontos. No caso de compras com o cartão de crédito, a dica é fugir das compras com altas taxas de juros.
CONSULTA PARA NÃO DESPERDIÇAR
A consumidora Elaine da Silva diz que vai ter que economizar com a compra de presentes do Dia das Mães. Ela também vai comprar presente para a sogra e procurou saber o que as presenteadas querem ganhar, para não correr o risco de gastar o dinheiro com algo que não seria usado.
"Eu cheguei para minha sogra e perguntei o que ela está precisando. As vezes está precisando de um calçado, de roupa, de perfume, então nós damos prioridade para o que a pessoa está precisando. É um presente mais útil", explicou Eliane.
POUCOS ANÚNCIOS E POUCAS PROMOÇÕES
O Dia das Mães é considerado por muitos lojistas o segundo melhor período de vendas no ano, ficando atrás apenas do Natal. No entanto, o clima entre comerciantes do Centro de Vitória não é de tanto otimismo.
Na manhã desta quarta-feira (8), quatro dias antes do dia das mães, a reportagem da CBN Vitória percorreu lojas da Avenida Jerônimo Monteiro, um dos principais polos comerciais da cidade, e encontrou comerciantes que já não se empolgam com as vendas do Dia das Mães. Poucas lojas estão com anúncios específicos sobre a data comemorativa do próximo domingo.
Salmo Ramos trabalha com a venda de roupas desde 2010 e é gerente de uma loja no Centro de Vitória. Ele diz que, em épocas melhores, muitos lojistas investiam em faixas e anúncios para o Dia das Mães, mas essas práticas estão em baixa. Na avaliação dele, o momento ruim da economia do país diminui a empolgação com as vendas.
"Eu vim para o Centro de Vitória em 2015. A partir de 2016, quando a economia ficou bem ruim, eu venho percebendo pouca empolgação das lojas em fazer propagandas do Dia das Mães", opinou o gerente da loja de roupas.
Apesar da pouca empolgação dos comerciantes no Centro de Vitória, uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em todas as capitais, apontou que cerca de 78% dos consumidores devem realizar pelo menos uma compra para o Dia das Mães.
De acordo com o representante da Câmara de Dirigentes Lojistas do Espírito Santo, Leonardo Bortolini, há uma expectativa boa por parte dos comerciantes varejistas, que vêem um sinal de recuperação da economia.
A expectativa do consumidor é muito boa. De acordo com a pesquisa da CNDL, em 2018 havia 74% de intenção de compras dos brasileiros para o Dia das Mães, e esse ano a intenção passou para 78%. Só esse dado já traz uma expectativa boa. Nós tivemos anos anteriores ruins, péssimos para o varejo em geral, e agora nós estamos começando a recuperar", explica.
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