Publicado em 20 de março de 2018 às 00:49
Alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Valeriana Rosa Cezar, em Reis Magos, na Serra, esperam a construção de uma escola prometida pela prefeitura desde 2010, segundo os moradores. Hoje eles estudam numa estrutura improvisada com divisórias removíveis, descritas como um galpão por moradores. São cinco salas, com 35 alunos cada. Ao todo, são 350 alunos, de manhã e à tarde, do 5º ao 9º ano.>
Aquilo ali é um galpão. É péssimo. As crianças não suportam o calor. Eu estou lutando para colocar ele em outra escola. Ele não quer, não se adaptou à escola. Já faz quase 10 anos que as crianças estão nessa situação na Valeriana, disse a atendente administrativa Josilda Ferreira, 45, mãe de um menino de 11 anos e de uma menina de 14.>
Segundo pais de alunos, a escola é muito quente e a demanda só aumenta ano a ano, tanto que as turmas possuem lista de espera. É um colégio que deixa muito a desejar. A escola precisa de muita melhoria. Tinha que ter mais sala de aula. Tem reclamações de mães que estão esperando ainda, completa a autônoma Crizângela Rocha Nogueira Rangel, 33 anos, mãe de dois meninos de 12 e 14 anos.>
Como relatam pais e a Associação de Moradores de Parque das Gaivotas, em Nova Almeida, as escolas do entorno não estavam dando conta de atender a demanda de estudantes. Então o município passou a encaminhar o excedente para o Projeto Gaivotas, desenvolvido inicialmente para oferecer atividades para crianças e adolescentes, de 6 a 15 anos, com ações socioeducativas e oficinas temáticas.>
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Paralelo a isso, a estrutura oficial da Escola Valeriana Rosa Cezar seria construída num terreno da Rua Jerônimo Monteiro, no Parque das Gaivotas. A questão é que oito anos depois daqueles planos, o Projeto Gaivotas funciona paralalelamente à escola.>
A reportagem esteve no local e presenciou que escola e projeto funcionam coladas uma a outra. A entrada não foi permitida, mas a reportagem conseguiu avistar pelo lado de fora da escola pelo menos dois galpões, que funcionam como salas de aula.>
O terreno onde seria construída a escola, em Parque das Gaivotas, hoje abriga um campo de futebol e uma creche, conforme relatam moradores.>
Segundo o líder comunitário de Parque das Gaivotas, Edimo Rodrigues Lacerda, o campo de futebol de um time foi transferido para o local. Eles tinham prometido uma creche, uma escola e um posto de saúde. Mas só construíram a creche, acrescentou Edimo.>
CRECHES FORAM A PRIORIDADE, DIZ PREFEITURA>
A Prefeitura da Serra informou que possui projeto para construção da escola no bairro, mas que depende de captação de recursos. Houve necessidade de priorizar a construção de creches no município para atender a crescente demanda por vagas para crianças. Em Gaivotas, inclusive, foi inaugurada uma unidade no ano passado, justifica a nota do município.>
Os moradores de Parque das Gaivotas, na Serra, reclamam também que um terreno no bairro foi reservado para a construção de uma creche, um posto de saúde e uma escola. Mas que só a creche foi feita.>
A resposta da prefeitura para isso é: Foi construída uma creche, considerando a necessidade de atender a crescente demanda por vagas. Na região, há um posto de saúde.>
A prefeitura também comentou sobre o Projeto Gaivotas, que promove atividades para crianças e adolescentes. Afirmou que a meta é atender 150 crianças e adolescentes de 6 a 15 anos. E esta meta não foi reduzida em nenhum momento, afirma o município, na nota.>
E concluiu: A Prefeitura da Serra, por meio da Secretaria de Assistência Social, já renovou o convênio com o projeto Gaivotas e está financiando as atividades desenvolvidas no local para todas as 150 crianças e adolescentes. Diversas atividades acontecem no local, como oficinas de esporte (futebol), música (coral), artesanato e contação de história.>
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