> >
Ao investir quase R$ 1 bi, Suzano prevê modernizar fábrica de Aracruz

Ao investir quase R$ 1 bi, Suzano prevê modernizar fábrica de Aracruz

O objetivo é aumentar a eficiência da produção na planta  de celulose do Norte do Estado e gerar energia, que será vendida para as linhas de transmissão

Publicado em 19 de dezembro de 2019 às 13:45

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Unidade da Suzano, em Aracruz, produz celulose para venda no mercado externo. (Divulgação / Suzano)

Em um ano difícil, com a baixa demanda por celulose no cenário internacional, a Suzano, que se uniu a antiga Fíbria, planeja investimentos ambiciosos para o Espírito Santo no valor de R$ 933,4 milhões. 

Além da fábrica de papel em Cachoeiro de Itapemirim, conforme antecipou A Gazeta, a companha global deve modernizar a indústria de Aracruz, uma planta menos competitiva em relação às outras que pertencem o grupo, mas que terá potencial de se tornar, a partir das novas obras, na unidade mais eficiente da companhia.

Em entrevista coletiva no Palácio Anchieta, na manhã desta quinta-feira (19), o diretor-executivo de Relações Corporativas da Suzano, Pablo Machado, detalhou os planos da empresa para o Espírito Santo. Ao todo, serão gerados 1,1 mil empregos. 

Serão aplicados R$ 272,4 milhões na modernização da fábrica de celulose em Aracruz, R$ 531 milhões na expansão da base florestal e R$ 130 milhões na fábrica de papel.  Os investimentos serão feitos por meio de compensação de créditos de ICMS.

"Estamos felizes em anunciar investimentos na ordem de R$ 933 milhões que estão divididos, em sua maior parte, no resgate da nossa competitividade da unidade em Aracruz. A unidade tem potencial para ser a planta mais competitiva da Suzano", afirmou.

FÁBRICA VAI GERAR ENERGIA ELÉTRICA EM ARACRUZ

O projeto de modernização será realizado na fábrica B, uma das três instaladas na área da Suzano, em Aracruz. Será feita a substituição de parte da caldeira, que é a estrutura responsável por gerar vapor e produzir energia elétrica.

Com essa mudança, a empresa pretende aumentar substancialmente a quantidade de energia produzida e vendida para as linhas de transmissão.  Também será instalado um sistema de cristalização para a captura de cinzas.

"Essa combinação vai ampliar a eficácia energética e produtiva. Serão gastos menos químicos, menos insumos e, com isso, cai o custo da produção. Não haverá aumento na produção de celulose.  O que vai expandir é a geração de energia elétrica", explicou o diretor. 

Esse processo poderá levar de dois a três anos a partir da liberação dos órgãos ambientais e de controle. Nessa fase, serão gerados aproximadamente 300 postos de trabalho.

AMPLIAÇÃO DA PLANTAÇÃO DE EUCALIPTO

Concomitantemente, será feita a expansão da base florestal da empresa, ou seja, da área onde é plantado o eucalipto, insumo principal na produção de celulose. Esse investimento será de R$ 530 milhões. 

O objetivo é reduzir o raio médio de distância entre os plantios florestais e a fábrica, o que deve reduzir a circulação de veículos transportando madeira por longas distâncias. Atualmente, a falta de cobertura florestal próximo às fábricas de Aracruz contribui para a diminuição da produção da Suzano por aqui. A matéria-prima precisa ser buscada muito mais longe, o que reduz a competitividade da unidade de Aracruz em relação às outras da empresa. 

O investimento será na aquisição ou arrendamento de áreas rurais, plantios, conduções e tratos culturais. A expectativa é de que haja geração de 300 empregos diretos e indiretos nos dois primeiros anos após a obtenção das licenças. 

Segundo executivos da Suzano, a expansão será dentro do Espírito Santo, principalmente na Região Norte, mas ainda não há definição sobre municípios que poderiam abrigar essas plantações. 

CRÉDITOS DE ICMS

Este vídeo pode te interessar

As ações estão sendo feitas a partir de utilização dos créditos de ICMS. A nova lei, aprovada em junho deste ano, permite que empresas utilizem esse dinheiro para fazer investimentos. A Suzano tem R$ 1,1 bilhão em créditos de ICMS com o governo do Estado. "Nós temos que reconhecer a inovação trazida pelo governo com a lei que propicia a transferência de créditos de ICMS que é um fator indutor importante do investimento. É o que faz que tragamos investimentos para o Estado", afirmou Machado.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais