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Inflação desacelera, mas vestuário e habitação seguem em alta no ES

Inflação desacelera, mas vestuário e habitação seguem em alta no ES

Números do IPCA foram divulgados nesta terça-feira (10) pelo IBGE, mostrando desacelaração do índice pelo segundo mês seguido

João Barbosa

Repórter / [email protected]

Publicado em 10 de junho de 2025 às 12:03

Vestuário foi o grupo com maior pressão inflacionária no ES em maio
Vestuário foi o grupo com maior pressão inflacionária no Estado em maio Crédito: Freepik

inflação desacelerou pelo segundo mês seguido e ficou na marca de 0,20% no Espírito Santo em maio, abaixo dos 0,33% registrados em abril. O resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que os grupos de vestuário (1,17%) e habitação (0,81%) representaram os maiores custos de vida na Grande Vitória no período.

Os números ainda revelam que comunicação (0,57%); alimentação e bebidas (0,50%); saúde e cuidados pessoais (0,38%) e artigos de residência (0,22%) são os outros grupos que pressionaram a inflação, junto de despesas pessoais (0,20%) e gastos com educação (0,03%).

Segundo o IBGE, no recorte feito no Espírito Santo, o único grupo que não registrou pressão inflacionária no último mês foi o de transportes, que registrou −0,76%, contribuindo para a desaceleração do IPCA, com destaques para recuos na passagem área e nos combustíveis.

Inflação no Brasil

Nacionalmente, a inflação também desacelerou em maio, com índice de 0,26%, ficando abaixo da taxa de abril, que foi de 0,43%. Segundo o IBGE, o resultado mensal foi influenciado, principalmente, pelo avanço no grupo de habitação (1,19%), após aumento nos preços da energia elétrica residencial, devido a mudanças na bandeira tarifária.

“Se olharmos para os três principais grupos, alimentação e bebidas, habitação e transportes, que juntos possuem peso de 57% no IPCA, observamos que a desaceleração dos alimentos, que saíram de 0,82% em abril para 0,17% em maio, e a queda dos transportes, de 0,37%, acabam por compensar a alta de 1,19% do grupo habitação, refletindo no resultado do índice geral”, explica Fernando Gonçalves, gerente da pesquisa do IPCA, destacando a influência dos principais grupos de produtos e serviços levantados.

De acordo com o IBGE, no Brasil, o grupo habitação avançou de 0,14% em abril para 1,19% em maio, com alta de 3,62% na energia elétrica residencial, principal impacto no índice do mês.

“Além do reajuste em algumas áreas pesquisadas e aumento nas alíquotas de PIS/Cofins, esteve vigente no mês de maio a bandeira tarifária amarela, com cobrança adicional de R$ 1,885 na conta de luz a cada 100 KWh consumido”, pondera Gonçalves.

Já o grupo de alimentação e bebidas variou 0,17% em maio frente a 0,82% em abril, menor variação mensal desde agosto de 2024, quando havia recuado 0,44%. Contribuíram para esse resultado as quedas do tomate (-13,52%), do arroz (-4%), do ovo de galinha (-3,98%) e das frutas (-1,67%). No lado das altas, os destaques ficaram a cargo da batata-inglesa (10,34%), da cebola (10,28%), do café moído (4,59%) e das carnes (0,97%).

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