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Guia completo: Tudo que você precisa saber sobre a Black Friday

Guia completo: Tudo que você precisa saber sobre a Black Friday

Neste ano, a expectativa é que o faturamento da data seja 18% maior do que o do mesmo período do ano passado. O cálculo leva em conta as vendas de quinta e sexta-feira

Publicado em 28 de novembro de 2019 às 19:14

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Consumidores fazendo compras na Black Friday do Shopping Vitória. (Fernando Madeira (23/11/2018))

Muita gente espera a Black Friday, que acontece nesta sexta-feira (29), chegar para aproveitar as ofertas da data e conseguir realizar aquela compra tão aguardada. Para garantir os melhores preços e não cair em ciladas com a expectativa, A Gazeta montou um roteiro com tudo o que você precisa saber sobre a data.

Neste ano, a expectativa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) e da Ebit/Nielsen é que o faturamento da data seja 18% maior do que o do mesmo período do ano passado. O cálculo leva em conta as vendas de quinta e sexta-feira.

O termo "Black Friday" começou a se popularizar nos Estados Unidos na década de 1990 e ganhou mais espaço com o avanço da internet e o surgimento do e-commerce. A data é sempre celebrada na quarta sexta-feira do mês de novembro, dia que precede o feriado de Ação de Graças nos EUA. No Brasil, a data começou a ganhar espaço na internet, por meio do site Busca Descontos, em 2011. A partir daí se difundiu por diversos segmentos.

Apesar de ser muito conhecida pelos descontos na linha de produtos eletrônicos, supermercados também aproveitam a data para lançar ofertas. Algumas redes focam em produtos que serão utilizados na ceia de Natal, como é o caso de panetones e bebidas.

No setor alimentício, lanchonetes e restaurantes também estão aderindo à data. Redes de fast-food têm feito promoções ao longo da semana, como "leve dois pelo preço de um", ou até "leve dez pelo preço de um".

Uma novidade são os bancos, corretoras e fintechs que resolveram aderir à moda da Black Friday. As empresas apostam em anúncios para aumentar aportes em fundos mais sofisticados e, recentemente, em operações de cashback (dinheiro de volta) para quem fizer investimentos. O objetivo é consolidar a data também no mercado financeiro.

OFERTAS

Existe um site oficial da campanha da Black Friday. Nele, normalmente, estão os produtos com maiores ofertas e descontos. Os produtos com condições diferenciadas nos preços são as mais variadas - como peças de vestuário, calçados, cosméticos, eletrônicos, eletrodomésticos e móveis, floricultura e artigos para pets.

Outro item que também é muito procurado durante a campanha são as passagens aéreas. Além das ofertas online, também é possível encontrar promoções em lojas físicas.

Dependendo do produto que você queira, não vale muito passar a madrugada da Black Friday em claro apenas para realizar a compra. De acordo com um levantamento feito pela plataforma online Promobit, que reúne diversos produtos à venda, o número de ofertas às 23 horas na véspera da data foi 60% maior do que à meia noite do dia da Black Friday.

Além disso, algumas empresas optaram por adiantar as promoções para não ficar tudo em um único dia, podendo dar "bug" (problema) no sistema. 

Para tentar pegar preços ainda menores tem quem compre de lojas sediadas outros países. Nesse caso, vale lembrar que o dólar está em alta. Nesta quinta-feira (28), véspera de Black Friday, por exemplo, US$ 1 comercial está valendo R$ 4,23. Então, fique atento ao preço do produto em reais.

Algumas lojas online já fazem o câmbio automático das moedas. Para quem está fora do país pode valer mais apena, já que não vai ter que pagar pelo frete e por algumas taxas de importação do produto.

HORA DE TOMAR CUIDADO

Para alguns, a Black Friday se torna uma "Black Fraude". O termo pejorativo foi utilizado para mostrar a quantidade de ofertas enganosas durante a campanha.

A crítica revela a prática de algumas lojas que sobem os preços antes da promoção para simularem, num segundo momento, uma redução nos valores dos produtos. No ano passado foram registrados no site ReclameAQUI mais de 11,9 mil reclamações foram feitas entre a quinta-feira antes da Black Friday e o fim de semana seguinte. O número foi 22% maior do que o registrado em 2017. Por isso, o consumidor precisa ficar atento às ofertas, pesquisar e acompanhar os preços.

A Black Friday também envolve diversos golpes. O mais comum neste período do ano é o chamado "phishing" - quando os cibercriminosos enganam o cliente e o induz a revelar informações pessoais, como senhas ou números do cartão de crédito, CPF e contas bancárias. De posse dessas informações o bandido pode cometer diversos crimes.

Normalmente, um site falso, com preços muito abaixo dos de mercado, é usado como isca. Para tentar driblar a situação, fique atento ao endereço dos e-mails e do site. Também é possível usar cartões virtuais, que expiram logo após a compra.

Uma dica muito importante para os vendedores, mas que também vale para quem vai comprar é não negociar fora das plataformas. Em sites que conectam compradores e vendedores, como OLX, Mercado Livre e Enjoei, existe o risco de algo dar errado durante a compra (pagamento, por exemplo). Esse risco aumenta quando a comunicação é feita fora das plataformas. 

FIQUE ATENTO

Com o movimento da Black Friday pode ser que a sua compra demore um pouco mais para chegar. Por isso, é preciso ter um pouco de paciência. Porém, a empresa deve cumprir o tempo de entrega informado ao consumidor no momento da compra. Fique atento e reclame se a loja extrapolar o prazo.

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O Código de Defesa do Consumidor determina que os clientes têm até sete dias para se arrependerem de compras realizadas pela internet e devolver o produto. Mas alguns sites dão o prazo de até 30 dias. Para evitar transtornos, sempre que for abrir uma embalagem, filme a ação. As imagens serão importantes caso, por exemplo, você receba uma pedra no lugar de um celular. 

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