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Exportações do agro do ES chegam a R$ 10,5 bi e têm resultado histórico

Exportações do agro do ES chegam a R$ 10,5 bi e têm resultado histórico

Mais de 2,5 milhões de toneladas de produtos foram embarcadas para o exterior em 2023, o que levou ao melhor desempenho alcançado pelo Estado desde 2011

Publicado em 19 de janeiro de 2024 às 16:45

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Gengibre colhido em terras capixabas
Gengibre colhido em terras capixabas . (Reprodução/TV Gazeta)

Apresentando melhor desempenho desde 2011, as exportações do agronegócio do Espírito Santo alcançaram um total de US$ 2,1 bilhões, o que equivale a R$ 10,5 bilhões. O resultado veio a partir do crescimento de 25,3% do total exportado em relação a 2022, quando o volume comercializado ao exterior chegou a US$ 1,7 bilhão. 

Ao longo de todo o ano de 2023, mais de 2,5 milhões de toneladas de produtos foram embarcadas para o exterior, representando um crescimento de 12%.  Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seag).

Os três principais produtos da pauta das exportações do agronegócio capixaba – complexo cafeeiro, celulose e pimenta-do-reino – representaram 92,6% do valor total comercializado de janeiro a dezembro de 2023.

Em 2023, o café ultrapassou a celulose e se tornou o principal produto exportado pelo agronegócio capixaba. A mudança foi impulsionada pelo café conilon, que mais que triplicou o volume de sacas exportadas no último ano. De acordo com o Centro de Comércio do Café de Vitória (CCCV), de janeiro a dezembro de 2023, foram exportadas 4 milhões sacas de café conilon cru em grãos, enquanto no total de 2022 foram exportadas 1,2 milhão de sacas.

Exportações do agro do ES chegam a R$ 10,5 bi e têm resultado histórico

Além das exportações de café conilon cru em grãos, ainda há volumes consideráveis de café solúvel, cuja exportação foi de 501,7 mil sacas em 2023. O café conilon está cada vez mais eficiente em logística. E aumentou a oferta de cafés com certificações de qualidade e sustentabilidade, permitindo ao Brasil, e ao Espírito Santo, acessar mercados consumidores que antes eram compradores de outras origens produtoras.

Os produtos que tiveram maior aumento no valor comercializado foram:

  • gengibre (+98,3%)
  • café cru em grãos (+58,5%)
  • carne bovina (+58,1%)
  • celulose (+12,4%)
  • café solúvel (+9,6%)

Por outro lado, houve queda no valor de produtos como:

  • carne de frango (-41,7%)
  • peixes (-40,6%)
  • mamão (-12,3%)
  • pimenta-do-reino (-7,9%)
  • chocolates e preparados com cacau (-5,2%)
  • álcool etílico (-3,7%).

“Ultrapassamos a marca dos US$ 2,1 bilhões em divisas com as exportações do agronegócio capixaba em 2023 e nossos produtos foram enviados para 130 países, alcançando o melhor resultado desde 2011. Além disso, a participação relativa do agronegócio nas exportações totais do Espírito Santo no último ano foi de 22,4%, desempenho superior a 2022, em que a participação relativa foi de 18,6%. Esses dados mostram como estamos avançando com competitividade no cenário internacional”, comemorou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

Gengibre supera mamão 

Outro grande destaque foram as divisas geradas com as exportações capixabas de gengibre, que, pela primeira vez, superaram o valor exportado com mamão. Em 2022, a receita gerada pelo gengibre foi de US$ 19 milhões contra US$ 24 milhões do mamão. Em 2023, o cenário mudou e o gengibre atingiu o montante de US$ 37,6 milhões, contra US$ 21 milhões do mamão.

O crescimento do gengibre no comércio exterior chama a atenção pela valorização que o produto obteve no cenário internacional. O preço praticado em 2022 foi de US$ 0,97 por kg e, em 2023, passou a ser US$ 2,12 por kg, um aumento de 118,7% no preço médio. A valorização teve influência na receita obtida, que aumentou 98,3% em relação a 2022, mesmo exportando um volume 9,3% menor no último ano. Com esse novo cenário, o gengibre passa a ser o quarto produto mais importante para o agronegócio capixaba, depois de café, celulose e pimenta-do-reino.

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