Publicado em 21 de dezembro de 2020 às 17:31
Estar vacinado contra a Covid-19 pode ser uma exigência no Espírito Santo para a realização de matrícula escolar, retirada de documentos e autorização de viagens internacionais, como acontece com a vacina da febre amarela, por exemplo. A informação foi passada pelo subsecretário de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), Luiz Carlos Reblin, em entrevista concedida nesta segunda-feira (21). >
Na última quinta-feira (17), o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a vacina contra o coronavírus deve ser obrigatória e que Estados, Distrito Federal e municípios têm autonomia para estabelecer regras para a imunização. Ficou definido que a vacinação obrigatória não significa vacinação forçada contra a Covid, mas que sanções podem ser estabelecidas contra quem não se imunizar.>
Reblin esclareceu que a legislação capixaba atual já determina a apresentação do cartão de vacinação com as doses em dia para que seja autorizada a matrícula escolar, portanto, a vacina contra a Covid-19 também será exigida como pré-requisito, após ser disponibilizada à população.>
No Espírito Santo, a lei 10.913, de 2018, tornou obrigatória a apresentação do cartão de vacinação em dia no ato da matrícula, ou seja, as crianças e adolescentes até 18 anos têm que estar imunizados para ter acesso à escola, pública ou particular. Caso não esteja atualizada, a família tem um prazo de até 30 dias para regularizar a situação. >
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Reblin lembrou, no entanto, que ainda não há previsão de vacinação para menores de 16 anos, uma vez que a indústria farmacêutica está apenas começando os testes de imunizantes para esse público. >
Para a faixa etária de 16 a 18 anos, que está prevista no plano estadual de imunização, o cartão de vacinação em dia é uma das possibilidades de medidas administrativas. O subsecretário acrescentou que outras estratégias serão debatidas. >
"Devemos trabalhar estimulando a vacinação. No Espírito Santo, temos uma legislação que estabelece que as matrículas da rede escolar devem ser realizadas para as crianças que tenham cartão de vacinação em dia. A mesma medida pode ser adotada para quem queira fazer viagens internacionais, como acontece na febre amarela; acesso à retirada de documentação, entre outras medidas. Esse tema ainda carece de um debate, disse Reblin, acrescentando que algumas iniciativas caberão ao governo federal, outras ao estadual. >
Luiz Carlos Reblin
Subsecretário em Vigilância de Saúde
O Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19 foi apresentado pelo governo federal na última semana. O documento prevê quatro fases de vacinação para grupos prioritários. As três primeiras devem imunizar 49,65 milhões de pessoas.>
Já as medidas que deverão ser adotadas em âmbito estadual foram aprovadas durante reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIG). O anúncio foi feito por Luiz Carlos Reblin, subsecretário em Vigilância em Saúde, da Sesa.>
Segundo ele, o plano estadual é uma síntese das principais atividades de organização da campanha de vacina, estrutura das unidades, expansão da rede de vacinação e planejamento logístico necessário para execução do serviço. >
"Para isso também, os municípios todos, num prazo mais breve possível, deverão elaborar os seus planos municipais. O Estadual tem um resumo das atividades necessárias e o municipal tem uma questão própria de cada cidade", explica Reblin.>
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