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Publicado em 19 de maio de 2025 às 11:05
Após o desabamento do Ginásio Jones Santos Neves no bairro Bento Ferreira, Vitória, na tarde do último sábado (17), o secretário de Estado de Esportes e Lazer, José Carlos Nunes, afirmou, em entrevista ao Bom dia ES, da TV Gazeta, na manhã desta segunda-feira (19), que a queda da estrutura não deve afetar o prazo de entrega nem o custo da obra no espaço, orçado em R$ 29,8 milhões. Ele disse que a reforma do local já previa a demolição da parte que cedeu, e que a reconstrução completa será concluída até o início do primeiro semestre de 2026.>
O desabamento foi registrado por câmeras da Prefeitura de Vitória. Nas imagens, é possível ver pedestres passando pela calçada no momento em que a estrutura cede, provocando correria e levantando uma grande nuvem de poeira. O prédio da antiga sede Imprensa Oficial, responsável pelo Diário Oficial do Estado (DIO/ES), chegou a ser interditado até domingo (18).>
Em entrevista à TV Gazeta, o secretário da Sesport explicou que a obra deve seguir normalmente, mesmo com o desabamento, porque já havia a previsão que a maior parte da edificação fosse completamente desfeita. >
Segundo ele, a ordem de serviço da obra foi assinada no dia 20 de março e os trabalhos começaram com a retirada das arquibancadas, das paredes e, por fim, do telhado. “A ideia era tirar toda a estrutura e começar tudo de novo. Uma coisa nova, mudando totalmente inclusive o aspecto do próprio ginásio”, afirmou José Carlos Nunes. >
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Área do Ginásio Jones dos Santos Neves
De acordo com Nunes, a estrutura do ginásio era antiga e apresentava problemas. “Antigamente a estrutura não era metálica, era uma estrutura de madeira que segurava todo o telhado. Por conta do tempo, essa madeira provavelmente tinha falhas, corrosão, e aí por conta disso era o motivo da gente fazer toda a retirada”, afirmou o secretário.>
Questionado sobre o motivo de o telhado não ter sido totalmente retirado de forma preventiva, mesmo com os problemas estruturais já identificados, O secretário disse que a sequência da obra seguiu critérios técnicos. “A primeira coisa que foi feita foi retirar as paredes, para depois retirar o telhado, até por conta da questão do vento mesmo. Se você deixa as paredes e tira o teto, o vento pode derrubar as paredes”, justificou.>
Outro passo para ser dado andamento na obra é a obtenção das licenças e alvará. A prefeitura chegou a divulgar um comunicado falando que iria intimar o governo do Estado devido à falta de licenciamento. O secretário de Estado de Esportes e Lazer admitiu que a empresa responsável pela obra não havia providenciado o documento. >
“No sábado (17), depois que aconteceu tudo isso, a gente verificou que a empresa não tinha feito a licença ambiental. Talvez, acharam que não haveria essa necessidade. Mas no domingo (18) eles já deram entrada online e hoje (19), presencialmente, vão solicitar essa autorização na prefeitura”, afirmou Nunes.>
Ainda sobre os próximos passos, o secretário garantiu que o cronograma da obra está mantido para o final de janeiro de 2026. “O prazo dessa obra foi planejado para ser entregue daqui a 10 meses, ou seja, 300 dias. Como foi dado início dia 20 de março, talvez até seja entregue um pouco antes do que estava planejado”, afirmou.>
Na manhã desta segunda-feira (19), o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) esteve novamente no local onde houve o desabamento. A visita contou novamente com a presença do presidente da entidade, o engenheiro Jorge Silva.>
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