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Santa Rita: 96 casos de infecção misteriosa seguem em investigação no ES

Santa Rita: 96 casos de infecção misteriosa seguem em investigação no ES

Secretaria de Saúde disse que análises até agora descartam presença de qualquer vírus como responsável pelo surto no hospital, localizado em Maruípe

Mikaella Mozer

Repórter / [email protected]

Publicado em 3 de novembro de 2025 às 19:21

Hospital Santa Rita
Os casos registrados no Hospital Santa Rita estão em investigação Crédito: Ricardo Medeiros

A infecção misteriosa, que começou no Hospital Santa Rita de Cássia, em Vitória, permanece com 96 casos em investigação. Entre os casos em análise, 76 são colaboradores, 11 são acompanhantes e seis são pacientes. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (3) em boletim da Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa-ES). 

Desses, seis estão internados, sendo dois na UTI - um paciente oncológico e a funcionária que é técnica em enfermagem. Na enfermaria, o número aumentou de três para quatro, todos funcionários. Segundo os dados do documento, o município de Linhares entrou voltou a ser listado como cidade com pessoas internadas. O município havia saído na sexta-feira (31) após alta de pacientes. Agora, consta com uma pessoa na enfermaria.

Baixo Guandu entrou pela primeira vez com uma pessoa na UTI. Cariacica, Serra e Vitória permanecem desde o início das investigações com pessoas como casos suspeitos internados.

As informações foram divulgadas em boletim, pela Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa-ES). A pasta estadual divulgou nesta segunda-feira, em coletiva de imprensa, que a principal suspeita de causa o surto é o fungo histoplasma. Conforme a Sesa, ele é geralmente encontrado em fezes de aves e morcegos, mas o resultado ainda não é conclusivo e a investigação continua.

Apesar do número maior de investigações, os dados não estão relacionados a novas infecções, mas levam em consideração se as pessoas apresentam sintomas específicos do quadro avaliado e se elas estiveram na ala oncológica, setor onde a infecção pode ter começado, no período entre 20 de setembro e 22 de outubro.

Os sintomas

Quadro 1
► Ter febre
Alteração em exames de raio-x do tórax
Pelo menos um desses sintomas: tosse, dores muscular ou de cabeça.

Quadro 2
► Ter febre
► Pelo menos dois desses sintomas: tosse, dores muscular ou de cabeça

Na segunda-feira (27), primeiro dia de divulgação, eram 34 colaboradores e 7 acompanhantes analisados. Já na terça-feira (28) a quantidade já tinha aumentado para 69 pessoas em investigação, sendo 46 colaboradores, nove acompanhantes, oito pacientes e seis 'sem informação', que são pessoas que estariam com vínculo com o hospital sendo analisado. Na quarta eram 88 e quinta eram 90 suspeitos de infecção.

As causas da contaminação ainda não foram identificadas. A principal hipótese levantada pelas autoridades de saúde é que a contaminação pode ser ambiental, sendo causada pela água ou ar-condicionado. São testados 300 patógenos, como bactérias e fungos, no Laboratório Central do Espírito Santo (Lacen-ES) e na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

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