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Reportagem fez as pessoas verem a importância da Ciência, diz pesquisador

Reportagem fez as pessoas verem a importância da Ciência, diz pesquisador

Eberval Marchioro estuda a formação de rios na Ilha da Trindade. Segundo ele, matéria sobre o território, feita por A Gazeta, trouxe reconhecimento ao trabalho

Publicado em 29 de dezembro de 2020 às 17:25

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Data: 21/10/2019 - ES - Ilha da Trindade - A Gazeta acompanhou uma expedição de pesquisadores da Ufes até a Ilha da Trindade.
Gabriel Nogueira (esq.) e Eberval Marchioro (dir.)  desenvolvem pesquisas na Ilha da Trindade, a 1.200 km de Vitória. (Carlos Alberto Silva)

A Gazeta sempre teve o compromisso de informar sobre os avanços da Ciência e os impactos dela na vida de todos os capixabas. Por isso, no ano passado, os jornalistas Sullivan Silva e Carlos Alberto Silva embarcaram em uma expedição rumo à Ilha da Trindade, localizada a 1.200 quilômetros de Vitória. Uma viagem que durou oito dias e que permitiu mostrar o trabalho de pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que analisam a formação dos rios na região.

De acordo com o professor doutor de Geografia Física, Eberval Marchioro, a reportagem sobre a ilha foi importante para levar à sociedade em geral o conhecimento científico que é produzido nesse território capixaba no meio do Oceano Atlântico. Segundo ele, a cobertura jornalística trouxe uma grande repercussão e reconhecimento para o estudo, desenvolvido sob sua orientação pelo pesquisador Gabriel Nogueira.

“Ao evidenciar nosso trabalho para quem não está no meio acadêmico ou não está acostumado a ler periódicos científicos, as pessoas passam a ver as pesquisas como um trabalho essencial. Isso é importante para gente nesse momento de debate da universidade pública, mostrando a relevância desse tipo de atividade e da nossa universidade para todos”, conta Eberval.

Trindade, um paraíso no meio do Atlântico

A Ilha é pouco conhecida pelos brasileiros e está localizada na extremidade oriental de uma cadeia de montanhas de vulcões submarinos inativos, chamada de Cadeia Vitória-Trindade. Por causa da sua posição estratégica para a defesa do país, o local é ocupado pela Marinha brasileira, que mantém o Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade, o Poit. O acesso de turistas é proibido e as visitas são permitidas apenas para os militares e pesquisadores.

Data: 21/10/2019 - ES - Ilha da Trindade - A Gazeta acompanhou uma expedição de pesquisadores da Ufes até a Ilha da Trindade.
Ilha da Trindade é berço de espécies que só existem no local. (Carlos Alberto Silva)

Juntamente com a Ilha Martim Vaz e outras formações ao redor, Trindade é objeto de estudos que analisam o relevo, as cadeias marinhas, corais, pássaros e os caranguejos. De formação rochosa, o arquipélago ostenta samambaias gigantes e é berçário para diversas espécies de animais que só existem lá.

Segundo o professor, a pesquisa realizada por Gabriel Nogueira ajuda a entender como o relevo da região evolui e dá subsídios para o planejamento e gestão ambiental dentro da ilha, em outros ambientes insulares e até em ambientes continentais. Este é o caso da Bacia Hidrográfica do Rio Duas Bocas, estudada por Eberval, que abrange os municípios de Cariacica e Santa Leopoldina.

“Isso vai nos permitir no futuro comparar esses dois ambientes com características tão singulares, como é o comportamento hidrogeomorfológico dessas bacias hidrográficas”, adianta.

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