Estagiária / rocosta@redegazeta.com.br
Publicado em 26 de janeiro de 2024 às 09:29
A obra para reconstrução da Ponte da Madalena, prevista para começar em dezembro de 2023, ainda não foi iniciada na Barra do Jucu, em Vila Velha. A informação foi confirmada pela prefeitura à reportagem de A Gazeta nesta sexta-feira (26).
Mesmo com a ordem de serviço ter sido dada e assinada pelo prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos), no dia 1 de novembro do ano passado, a empresa que ficou como responsável pela reconstrução, a AMF Engenharia e Serviços LTDA, ainda não iniciou a obra no local.
A Gazeta questionou a administração de Vila Velha sobre a motivação do atraso e se havia um novo prazo para que as obras fossem iniciadas. Em nota, a prefeitura, por meio da Secretaria de Obras e Projetos Estruturantes, informou que a empresa responsável pela reconstrução está em fase de finalização do Plano de Controle Ambiental e outros estudos técnicos ambientais.
Os documentos devem ser entregues pela empresa à Secretaria de Meio Ambiente de Vila Velha, que irá analisar e emitir a Licença Ambiental para que o pilar de concreto da antiga Ponte da Madalena, que caiu em 2017, seja retirado do leito do Rio Jucu e, assim, as obras comecem.
Questionada pela reportagem sobre possíveis impactos ambientais causados pela retirada do pilar de concreto de dentro do rio, a Prefeitura de Vila Velha respondeu que todas as atividades serão orientadas pelo estudo técnico, que envolve o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos; Programa de Gerenciamento de Risco e Plano de Ação a Emergência; e Programa de Contenção de Erosão e Carreamento de Sólidos.
A reconstrução da Ponte da Madalena irá contar com um investimento de R$ 11.183.547,02. A AMF Engenharia e Serviços LTDA possui um prazo de 270 dias para a entrega da nova ponte, que passou a ser contado a partir da emissão da Ordem de Serviço. Segundo a Prefeitura de Vila Velha, não é possível falar em prazo para a aprovação dos documentos sem ter acesso ao material que será entregue pela empresa à Secretaria de Meio Ambiente de Vila Velha.
Segundo Mike Nunes, engenheiro responsável pela obra, estudos técnicos necessários estão sendo finalizados para que as devidas licenças ambientais sejam solicitadas. O engenheiro ainda explica que iniciar a reconstrução da ponte sem as licenças pode ser considerado crime ambiental. Salientou ainda que a estrutura, junto aos materiais necessários para que a intervenção, já estão montados.
O engenheiro afirma que a obra, que acontece no Rio Jucu, será limpa, sem produção de resíduos e impactos ambientais. O prazo de finalização da nova Ponte da Madalena após o início da reconstrução será de seis meses.
A estrutura desabou no dia 3 de dezembro de 2017 devido às fortes chuvas que atingiram o Espírito Santo na época, elevando o nível do Rio Jucu e provocando uma correnteza, que destruiu a estrutura. Considerada uma importante atração turística em Vila Velha, a Ponte da Madalena era bastante frequentada por pescadores e ciclistas — além de ser a entrada para a Reserva Ecológica de Jacarenema pela Barra do Jucu.
A Ponte da Madalena foi construída em 1896, inicialmente com vigas de madeira. O nome da ponte foi dado em homenagem à Banda de Congo da Barra do Jucu, famosa pela música "Madalena do Jucu", do cantor Martinho da Vila.
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