Repórter de Economia / [email protected]
Publicado em 14 de janeiro de 2021 às 18:47
- Atualizado há 5 anos
A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) costuma ser um dos pontos de maior apreensão para os estudantes. O texto, afinal, vale nota 1.000 e atender às exigências nem sempre é uma tarefa simples. Na última edição do exame, somente 53 estudantes em todo o país alcançaram a nota máxima, dentre eles uma capixaba.>
Apesar da proximidade do Enem, cujo primeiro dia ocorre neste domingo (17) para quem optou pela prova impressa, ainda é tempo de pegar as melhores dicas para se dar bem na hora de elaborar o texto. >
A reportagem de A Gazeta conversou com professores para falar sobre os erros mais comuns na hora de elaborar uma redação e os temas em evidência que podem cair na avaliação.>
A professora de redação Jocemara Matilde ressalta que o primeiro cuidado que se deve ter na hora de produzir o texto é em relação à interpretação da proposta e do texto motivacional. Depois disso, ela explica que é preciso ter atenção a uma questão simples, mas que às vezes passa despercebida:>
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Jocemara Matilde
Professora de redaçãoEssa consciência sobre o conteúdo e a finalidade do texto motivador é que irá permitir o desenvolvimento de uma tese assertiva, com argumentos bem fundamentados e propostas claras para a solução dos problemas expostos.>
A professora observa que é comum que as propostas de intervenção apontem simplesmente a necessidade de o governo solucionar determinada situação, mas destaca que somente isso não basta para obter bons resultados.>
“O governo tem que fazer algo, claro, mas o Enem pede um olhar diferenciado, que passe também por ações da própria sociedade civil, ONGs e instituições que vão somar e promover mudanças. A gente sabe que o governo tem que fazer mais, mas a proposta de intervenção é: o que dá para fazer agora? Que participação podemos ter?”, explica. >
O professor de redação Lúcio Manga observa que o candidato precisa se atentar às cinco competências exigidas. São elas: >
Na visão do professor, a segunda competência necessita de uma atenção especial. Isso porque não exige somente a compreensão do texto, mas também que o estudante demonstre aquilo que conhece, isto é, seu repertório sociocultural. Isso implica fazer alusão a autores, pesquisas e até mesmo obras relacionadas.>
“Será analisada a relação que se faz do texto com história, filosofia, sociologia, biologia, arte (cinema, literatura, etc.) ou o que for. Ao trabalhar uma linha de articulação, é preciso pensar nas relações que podem ser feitas. Se o participante não utilizar nenhuma referência, não cumpre 100% essa competência e isso tira a chance de obter a nota máxima”, explica. >
Ele chama ainda a atenção para a necessidade de desenvolver uma boa conclusão, apresentando os caminhos para solucionar o problema sem ferir os direitos humanos, mas se atentando também a outros pontos: quem vai solucionar o problema, qual será a proposta, como será desenvolvida e qual a sua finalidade.>
E para diminuir as chances de erros, o ideal é que o texto seja escrito primeiro na folha de rascunhos, que permitirá uma revisão antes da versão final. >
“Mas não se deve revisar o texto imediatamente após a sua conclusão. Terminou? Não olhe para a redação. Faça questões objetivas e espere pelo menos meia hora antes de voltar ao texto", orienta Lúcio Manga. >
Lúcio Manga
Professor de redação
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