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Publicado em 26 de janeiro de 2021 às 16:38
- Atualizado há 5 anos
Os profissionais da saúde que trabalharam no processo de remoção dos pacientes transferidos do Amazonas para o Hospital Estadual Jayme Santos Neves, na Serra, estão sendo testados para identificação de possível contaminação pela variante do novo coronavírus localizada no estado amazonense.>
O mesmo procedimento também é realizado na equipe médica que atende diariamente o grupo formado por 36 homens e mulheres - diagnosticados com Covid-19. O grupo chegou ao Espírito Santo na noite da última quinta-feira (21) e madrugada de sexta-feira (22) após o sistema de saúde amazonense entrar em colapso. >
Além da falta de leitos e de oxigênio para atender os amazonenses, cientistas da Fundação Oswaldo Cruz Amazônia (Fiocruz Amazônia) identificaram uma nova variante do coronavírus no Amazonas. A mutação do vírus é compatível com as amostras coletadas em turistas brasileiros infectados que desembarcaram no Japão no começo do mês.>
Em coletiva de imprensa concedida na tarde desta terça-feira (26), o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, explicaram que a determinação é testar todas as pessoas envolvidas no atendimento ao grupo vindo de Manaus.>
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"Já finalizamos praticamente essa testagem com esses trabalhadores e vamos repetir a testagem em 48 e 96 horas após a primeira coleta. Essa medida existe para poder garantir que qualquer caso de pacientes positivos seja devidamente isolado e tenha seus contatos - tanto sociais quanto domiciliares - também rastreados e investigados de maneira oportuna para poder garantir que não exista nenhum tipo de transmissão comunitária com os casos vindos de Amazonas", explicou Nésio.>
O secretário detalhou que dos 36 pacientes, 18 estão internados em enfermaria, sendo que oito deles apresentam condições de alta e aguardam apresentação de resultado negativo para confirmar a remoção para o Amazonas. >
Nésio Fernandes
Secretário de Estado da SaúdeJá Reblin complementou dizendo que a pandemia segue o curso considerado "normal de uma doença respiratória", que se inicia nos grandes centros e expande para cidades menores do interior do Estado. A expectativa é de que situações semelhantes às registradas no norte do Brasil, como no Amazonas, tenham repercussões nas demais regiões brasileiras.>
"Precisamos ficar atentos para uma repercussão do que acontece no norte se instalar aqui, no Estado. Tem expansão de leitos previsto, prevenção da atenção primária. Se, de fato, confirmarmos o aumento de casos, nós temos condição de cuidar das pessoas que adoecerem", afirmou o subsecretário.>
Chegada dos pacientes de Manaus infectados pela Covid-19
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