> >
"Meu pai se foi, mas deixa um legado à fotografia capixaba", diz filha de Jorge Sagrilo

"Meu pai se foi, mas deixa um legado à fotografia capixaba", diz filha de Jorge Sagrilo

Natural de Ibiraçu, o fotógrafo faleceu aos 69 anos nesta quarta-feira (16), em Vitória, por complicações decorrentes de uma pneumonia. O sepultamento ocorre na tarde desta quinta (17, em um cemitério da Serra

Publicado em 17 de junho de 2021 às 12:58

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
O fotógrafo Jorge Sagrilo
O fotógrafo Jorge Sagrilo faleceu nesta quarta-feira (16), em Vitória, aos 69 anos. (Arquivo Pessoal)

"Uma vida dedicada à fotografia, homem ético, dedicado, muito à frente do próprio tempo e um pai carinhoso". Foram essas as palavras usadas pela analista em comércio exterior Carolina Gatti Sagrilo, de 38 anos, para definir o pai, Jorge Sagrilo, que faleceu nesta quarta-feira (16) em Vitória em decorrência de complicações desencadeadas por uma pneumonia.

Sagrilo, como era conhecido, notabilizou-se, não apenas no Espírito Santo, como um dos melhores e maiores fotógrafos comerciais por décadas. O olhar apurado para unir a foto e campanhas publicitárias foi a marca de seus trabalhos ao longo dos mais de cinquenta anos dedicados aos cliques.

"Meu pai se foi, mas deixa um legado imensurável para a fotografia capixaba. Não herdei o talento dele para as fotos, mas ele deixou bons aprendizes. Fotografar sempre foi a grande paixão da vida dele, por isso ele se empenhava tanto em ser perfeccionista. Os trabalhos tinham a assinatura dele. Além de tudo isso, era um pai amoroso, carinhoso. Dele, herdei mesmo a facilidade para aprender outras línguas, já que além de fotógrafo ele também foi professor de inglês", diz Carolina.

DEDICAÇÃO À FAMÍLIA

Além da analista em comércio exterior, Sagrilo era pai de Bruno. Recentemente, ele vinha se dedicando a cuidar mais do filho, que possui necessidades especiais. "Ele sempre foi um pai presente e já há algum tempo ele passou a cuidar do meu irmão bem mais de perto porque ele demanda mais atenção. Mas nunca abandonou a fotografia, fosse fotografando ou auxiliando outros profissionais", complementa a analista em comércio exterior.

Jorge Sagrilo
A fotografia sempre foi a paixão de Jorge Sagrilo, que por mais de 50 anos trabalhou nesta área. (Suzana Finamore/Divulgação)

Segundo Carolina, seu pai estava com um câncer no pulmão, mas revelou a situação para pouquíssimas pessoas. Sagrilo foi submetido à retirada de um nódulo e recentemente realizou uma segunda retirada. Após o procedimento, o fotógrafo contraiu uma pneumonia, que evoluiu e o levou à morte.

ORIGEM E SEPULTAMENTO

Natural de Pendanga, distrito de Ibiraçu de forte tradição italiana e às margens da BR 101, Sagrilo mudou-se para Vitória e chegou a cursar engenharia, mas a paixão desde muito jovem sempre foi a fotografia. Na Capital, ele se consolidou na área e criou uma empresa própria. Jorge Sagrilo foi um dos pioneiros da fotografia digital do Espírito Santo.

A família confirmou que o corpo do fotógrafo seria velado a partir 14 horas no cemitério Jardim da Paz, na Serra, e que o  sepultamento ocorreria no mesmo local, às 16h. O fotógrafo faleceu aos 69 anos. Por muitas vezes, ele colaborou em reportagens e trabalhos para A Gazeta, governo do Estado e outros setores. Ele também se notabilizou por imagens aéreas, corporativas e trabalhos com drones. 

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais