Publicado em 2 de outubro de 2025 às 18:12
O Espírito Santo não registra, até o momento, nenhum caso de intoxicação por metanol, situação que já gerou 59 notificações ao Ministério da Saúde e que tem uma morte confirmada, até esta quinta-feira (2). No entanto, o Estado já contabilizou três mortes por contaminação pela substância tóxica no passado, a última delas há 7 anos. >
O Laboratório de Toxicologia Forense da Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES) identificou nos arquivos de exames periciais dois registros em 2016 e um em 2018. Não foram fornecidas informações adicionais sobre os casos, como a fonte da intoxicação e as cidades em que foram registrados. >
O laboratório esclarece ainda que os exames confirmam apenas a presença da substância no organismo das vítimas. Os testes não permitem afirmar se a substância foi a causa das mortes nem se a contaminação teve origem em bebidas alcoólicas adulteradas. >
Das 59 notificações em todo o país registradas até esta quinta, 12 estão confirmados para a presença de metanol. Os registros são de São Paulo, estado com o maior números de ocorrências, Pernambuco e Brasília. >
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A mais recente confirmação é a do rapper Hungria, de 34 anos. Ele está internado em um hospital do distrito federal após ingerir bebida alcoólica adulterada.
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Apenas uma morte decorrente desse tipo de intoxicação foi confirmada pelo Ministério da Saúde no estado de São Paulo. Mais sete óbitos seguem em investigação, sendo dois em Pernambuco e os outros cinco também em São Paulo.>
O metanol é um tipo de álcool industrial que pode estar presente em produtos como combustíveis, solventes e líquidos de limpeza. É usado na adulteração de bebidas alcoólicas produzidas de forma clandestina. Altamente tóxico para o corpo humano, o atinge principalmente o fígado, mas também pode provocar lesões no nervo óptico, causar cegueira irreversível e até a morte. >
Um dos casos em investigação é o do jovem Rafael Anjos Martins, 28 anos, em coma desde 1° de setembro, após uma intoxicação por metanol ao consumir um gim comprado em uma adega na Zona Sul de São Paulo.>
Já a designer de interiores Radharani Domingos, de 43 anos, perdeu a visão após consumir três caipirinhas feitas com vodca em no bar nos Jardins, região nobre de São Paulo. O local foi interditado.>
Para monitorar os casos de intoxicação, o Ministério da Saúde instalou, nessa quinta-feira (2), em caráter extraordinário, uma Sala de Situação que reúne equipes técnicas dos ministérios da Saúde, Justiça e Segurança Pública, Agricultura e Pecuária; dos conselhos Nacional de Saúde (CNS), Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e das secretarias de Saúde de São Paulo e Pernambuco. >
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