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Entenda por que as vacinas da Pfizer no ES só serão aplicadas em Vitória

Entenda por que as vacinas da Pfizer no ES só serão aplicadas em Vitória

Prefeitura já definiu grupos contemplados neste primeiro momento. Imunizante é exclusivo para a capital capixaba porque necessita ser refrigerado em temperaturas baixíssimas

Publicado em 4 de maio de 2021 às 11:08

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Pfizer anunciou que a vacina experimental é mais de 90% eficaz na prevenção à Covid-19
O Estado recebeu nos últimos dias o primeiro lote do imunizante da Pfizer. Apenas moradores de Vitória receberão a vacina neste primeiro momento. (Reuters/Folhapress)

Nos últimos dias, o Espírito Santo recebeu pouco mais de 10 mil doses da vacina produzida pela Pfizer. O montante destinado ao ES é a parte fracionada pelo Ministério da Saúde ao Estado e será aplicado apenas em moradores da capital capixaba. Esta especificidade ocorre porque o imunizante fabricado pelo laboratório norte-americano necessita ser acondicionado em temperaturas baixíssimas, o que só é possível nos refrigeradores da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que fica em Vitória.

Este cenário é o mesmo para todos os estados do país e o Distrito Federal. O quantitativo de 1,1 milhão de doses da Pfizer foi todo dividido para as 27 capitais nacionais, que farão a aplicação de acordo com as diretrizes do próprio Ministério da Saúde, que orienta que a aplicação neste primeiro momento ocorra em pessoas com comorbidades e deficiência permanente, gestantes e puérperas. O MS, entretanto, permite que as respectivas prefeituras adaptem os grupos à demanda local.

De acordo com o Ministério da Saúde, os estados receberam os imunizantes de forma proporcional e igualitária. Os frascos foram entregues em temperaturas entre -25ºC e -15ºC, cuja conservação pode ser feita apenas durante 14 dias. Após entrar na rede de frio, com temperaturas de armazenamento entre 2ºC e 8ºC, o prazo para aplicação é de cinco dias.

APLICAÇÃO EM VITÓRIA

Em Vitória, a Prefeitura da capital já definiu quem receberá o imunizante. De acordo com a Secretaria de Saúde Municipal, receberão as doses da Pfizer pessoas com Síndrome de Down ou deficiência intelectual/mental, pessoas com doença renal crônica em terapia de substituição renal (diálise), pessoas com fibrose cística, gestantes e puérperas com comorbidades e pessoas com obesidade mórbida (IMC >40), todas com idade entre 18 e 59 anos. Já na faixa etária entre 55 e 59 anos, serão vacinadas as pessoas com deficiência permanente cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Diante do planejamento de vacinação, o município irá retirar na Sesa o quantitativo de doses suficientes para serem aplicadas durante cinco dias, prazo que o imunizante pode ser mantido na temperatura de 2ºC a 8ºC, nas câmaras refrigeradas existentes na rede de frio da Semus. A orientação é aplicar todas as 10 mil doses como primeira dose, e a previsão da Semus é concluir a vacinação com as doses da Pfizer até o final da próxima semana.

AGENDAMENTO

Nesta terça-feira (04), às 16 horas, será aberto novo agendamento para pessoas com comorbidades. Serão disponibilizadas 4.200 vagas. A vacinação será realizada de quarta (5) a sexta-feira (7) em três postos volantes: Mannaim Vitória (ao lado do Teatro Carmélia), Ginásio da Faculdade Salesiana e na Igreja Batista de Jardim da Penha.

O agendamento online é uma das estratégias de vacinação adotadas pela Secretaria de Saúde de Vitória. Além de disponibilizar as doses desta forma, as equipes de saúde vão até os locais imunizar as pessoas deste grupo, por exemplo, nas clínicas de hemodiálise, na APAE, no Centro Médico de Especialidades do município, entre outros, além da vacinação em domicílio dos acamados ou restritos ao leito.

Vitória já aplicou 136.575 doses da vacina contra a Covid-19, sendo 90.150 da primeira dose e 46.425 da segunda dose, o que representa uma cobertura vacinal de 24,6%, segundo dados repassados pela própria prefeitura.

INTERVALO ENTRE DOSES

Assim como os outros imunizantes já disponibilizados e em aplicação constante, a versão da Pfizer também depende de um reforço. A própria fabricante recomenda, na bula, que a segunda dose seja aplicada em um intervalo de 21 dias, mas diante da positividade do imunizante, superior a 85% de eficácia nos países que já o utilizam, o próprio Ministério da Saúde entende que este prazo pode ser alongado em até 3 meses. Esta medida é vista como um mecanismo de ampliar a velocidade da vacinação.

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Segundo o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, a vacina da Pfizer implica um treinamento especial para quem realiza a aplicação, mas também relativo à logística, manuseio e acomodação da mesma, visto as especificidades envolvidas relacionadas à refrigeração. Levar estas poucas doses recebidas em Vitória para outras cidades implicaria em riscos até mesmo de perda dos princípios ativos, por isto a aplicação ocorre apenas na Capital. De acordo com o chefe da pasta, os profissionais do município já receberam o treinamento e estão capacitados para o manuseio das vacinas.

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