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Publicado em 22 de novembro de 2023 às 13:11
Moradores de condomínios de alto padrão da Grande Vitória levaram um susto na última segunda-feira (20): eles descobriram que uma empresa de esquadrias, que havia sido contratada por eles, fechou as portas sem entregar os serviços. Segundo as vítimas, o prejuízo total é de mais de R$ 15 milhões. >
Só em um condomínio na Serra foram pelo menos 40 vítimas. Na segunda-feira, 20 pessoas registraram um boletim unificado na Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon).>
O médico Henrique Hirata conversou com a reportagem de A Gazeta. Ele está em um grupo com pelo menos 100 pessoas que tiveram prejuízo com a empresa. No caso dele, o serviço foi contratado em junho de 2022 para ser entregue em junho deste ano. >
"Como teve atraso na nossa obra, calhou da gente só realmente acionar eles com mais veemência semana passada. Estava na fase final de acabamento, então a gente precisava das portas e janelas para terminar a obra. Na semana passada consegui falar com o sócio e ele disse que na segunda-feira (20) o material estaria lá, mas nada chegou", detalhou o médico. >
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Na segunda-feira mesmo, outras pessoas começaram a reclamar da demora no grupo de obras do condomínio. Foi então que alguns clientes resolveram ir até a sede da empresa, em Vila Velha. Chegando lá, tudo estava fechado, vazio e sem a placa. Até funcionários estavam no local, sem entender o que tinha acontecido. >
Foi então que os clientes procuraram a polícia e registraram boletim de ocorrência. Na terça-feira (21), outra surpresa: eles descobriram que havia material da empresa armazenado em um galpão no bairro Jardim Colorado, em Vila Velha. Durante a noite, um grupo de clientes foi até esse novo galpão e acionou a polícia novamente. >
Só o médico teve um prejuízo de R$ 155 mil. "Há relatos de pessoas que pagaram mais de R$ 400 mil e não receberam nenhum material. Alguns vizinhos ao longo desse último ano conseguiram ter a entrega e instalação parcial de algumas janelas e portas, mas agora também ficaram na mão. Mas juntando os condomínios, o prejuízo foi em torno de R$ 15 milhões", afirmou Henrique. >
Conforme apuração da repórter Daniela Carla, da TV Gazeta, funcionários trabalharam normalmente até a última sexta-feira (17). Na segunda, quando chegaram, deram de cara com tudo fechado e até cadeado trocado. >
Alguns clientes conseguiram falar com os sócios na segunda e na terça-feira. "Ele alegou que a empresa estava com muitas dívidas e que eles tinham recorrido a agiotas; por conta das dívidas, os agiotas foram lá na empresa no final de semana e levaram tudo. Essa foi informação que eles passaram inicialmente", pontuou Henrique. As vítimas não acreditam nessa versão.>
A reportagem de A Gazeta ligou para o sócio da Espírito Santo Vidros e Alumínio LTDA ME e também para o número da empresa, além de deixar mensagem no WhatsApp, mas não teve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações. >
Em nota, a Polícia Civil disse que "as investigações da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor seguem em andamento, e nenhum detalhe será repassado para preservar o andamento das apurações. A Decon segue prestando apoio às vítimas e solicita que os prejudicados procurem a unidade na Avenida Américo Buaiz, nº 205, térreo, Enseada do Suá, Vitória — na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales)".>
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