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Publicado em 26 de abril de 2021 às 17:42
O Espírito Santo não registrou, até o momento, reações graves às vacinas contra a Covid-19 que vêm sendo aplicadas no Estado. A informação foi divulgada em entrevista coletiva concedida na tarde desta segunda-feira (26), em que estiveram presentes o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e o subsecretário de Vigilância em Saúde do Estado, Luiz Carlos Reblin. O esclarecimento vem após preocupação com relatos de efeitos adversos ao redor do mundo, em especial concernentes ao imunizante de Oxford, que também vem sendo aplicado no Estado. >
No mês de março, países europeus como Espanha, Itália, Alemanha, França e outros chegaram a suspender o uso do imunizante desenvolvido em parceria com a AstraZeneca. A medida foi tomada após o procedimento de imunização ter sido relacionado à formação de coágulos sanguíneos, o que foi negado, à época, pelo laboratório. >
Já no dia 18 de março, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou que avaliou que a vacina da farmacêutica AstraZeneca é "segura e eficaz". Diante da publicação, países europeus iniciaram a retomada da imunização por meio da vacina desenvolvida pela universidade inglesa.>
No Brasil, a cautela da população, diante das informações que chegavam, não foi diferente. No entanto, nesta tarde, de acordo com pronunciamento do subsecretário Reblin, todos os relatos até o momento no Espírito Santo são de reações leves aos imunizantes. >
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Luiz Carlos Reblin
Subsecretário de Vigilância em SaúdeNo mesmo sentido, o secretário reiterou a importância de vacinar e desmistificou questões sobre a vacina de Oxford em parceria com a AstraZeneca, ressaltando que há vantagens explícitas na continuidade da imunização por ela. >
"Os efeitos da AstraZeneca não são suficientes para recomendar a suspender a aplicação em geral. A ampla maioria dos profissionais da saúde foram vacinados com ela, inclusive foi o meu caso e o do Reblin. A resposta imunológica é extraordinária, é um dos melhores imunizantes disponíveis hoje no mercado internacional. O Brasil acertou em desenvolver via Fiocruz, em parceria com a Oxford e AstraZeneca, a mesma vacina aqui no Brasil", disse Nésio.>
Um assunto que tem preocupado os capixabas tem relação com o atraso do recebimento da segunda dose em alguns dias, já que este tem sido o caso da Coronavac, produzida pelo instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. O repasse dos lotes aos Estados, prometido pelo Ministério da Saúde, foi menor que o necessário para atender a todo o público. >
De acordo com o secretário, Nésio Fernandes, não é provável que a demora de alguns dias prejudique a vacinação. "Não é possível afirmar que não há prejuízo na eficácia total com o atraso da segunda dose. No entanto, dados os estudos já publicados, a resposta imune foi melhorada com a ampliação do prazo. É possível que, ao longo das próximas semanas, o período de aplicação da vacina seja ampliado a pedido do próprio Butantan. A probabilidade é muito baixa de que haja prejuízo com o atraso de alguns dias", garantiu. >
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