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Publicado em 14 de março de 2021 às 19:37
- Atualizado há 5 anos
Com o novo avanço da pandemia do coronavírus, as regras para evitar a disseminação da Covid-19 estão ficando mais rigorosas. O poder público está estipulando medidas para que a população possa cumprir, mas uma moradora de São Mateus, no Norte do Espírito Santo, foi além. Ela criou seu próprio decreto para impedir que vírus entre em sua casa. >
Estudante de Direito, Gabryela Correia Araújo Pereira, 22 anos, aproveitou o conhecimento do curso e criou uma série de regras que devem ser cumpridas pelos familiares. As medidas incluem a retirada do calçado e até banho quando o retorno é de locais com maior circulação de pessoas. “Na nossa casa deveria ser o lugar mais protegido, e para isso a gente teria que estipular algumas coisas para cuidar da nossa saúde. Por isso, conforme a nossa rotina diária e as recomendações da OMS, as ideias foram formuladas”, conta. >
A estudante levou a sério a regulamentação e escreveu as normas como as leis são escritas, com artigos, parágrafos e assinaturas dos moradores da casa. “ Com toda essa pandemia que assola nosso país e o mundo, resolvi aplicar em casa o aprendizado na faculdade. Sempre tivemos medo da Covid-19 e percebemos que muitas pessoas têm relaxado com o passar do tempo. Então juntei o conhecimento do meu curso com a necessidade de conscientizar as pessoas de nosso convívio”, explicou. >
As regulamentações foram colocadas nas entradas da residência. “Como a minha casa pega duas ruas, colocamos um decreto em cada entrada”, relata. >
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A estudante vive com os pais, mas a casa costuma receber visitantes, que também devem cumprir a risca o que foi estabelecido. “Diariamente meu namorado, minha avó, minha irmãs, cunhados e sobrinhas estão aqui”, afirma a jovem. >
Segundo Gabryela, a ação é importante para evitar a disseminação do vírus e conscientizar as pessoas que convivem com a família “Eu e meus pais fizemos o 'decreto' em conjunto, nós obedecemos até porque é a nossa saúde que temos que priorizar, e nos adaptar ao novo normal. Quem convive constantemente com a gente, está sendo conscientizado para respeitar, e isso é o suficiente”, falou. >
A iniciativa parece ter dado certo, a estudante afirmou que nenhum morador da casa ainda foi diagnosticado com a doença. “Mas o medo é constante e nós cuidamos de todas as maneiras possíveis”, destaca. >
Mas se alguém descumprir as regras, será que tem punição? Segundo a jovem, ela até pensou em estipular alguma coisa, mas achou melhor o caminho da conscientização. “Eu até pensei em colocar algo para ser uma coisa mais descontraída, como uma multa simbólica, algum serviço doméstico, mas cheguei a conclusão que esse decreto foi feito para a gente se conscientizar, e não fazer algo por obrigação por ter medo de alguma penalidade” relata. >
A jovem destacou que espera que o exemplo passe para a casa de outras famílias. “O meu objetivo é incentivar as pessoas a fazerem o mínimo para se cuidar nessa fase tão ruim que estamos passando”, afirmou. >
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