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Câmera que pode ter gerado acidente em Colatina ainda confunde motoristas

Câmera que pode ter gerado acidente em Colatina ainda confunde motoristas

Motorista confundiu o equipamento do cerco eletrônico com um radar e freou para não ser multado; frenagem brusca gerou a batida que vitimou mãe e filha na BR 259, na terça (22)

Redação Integrada

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Publicado em 24 de agosto de 2023 às 18:19

Foram enterradas na noite da última quarta-feira (23) Marília Vargas Ribeiro, de 38 anos, e Leni Vargas Ribeiro, de 57. Mãe e filha morreram após um grave acidente no km 39 da BR 259, em Colatina, no Noroeste do Estado, envolvendo um caminhão e uma caminhonete, que Marília dirigia. 

Marília e o irmão, que ficou gravemente ferido, retornavam de Vitória, onde foram receber a mãe, que voltava dos Estados Unidos. À Polícia Militar, o motorista do caminhão, que não foi identificado, contou que precisou frear forte para não colidir no veículo que seguia à frente, quando este reduziu bruscamente a velocidade ao se aproximar do cerco eletrônico.

Neste momento, a carroceria do caminhão "fez um L", atravessou a pista da rodovia e atingiu a Fiat Toro, que trafegava no sentido contrário.

Fiat Toro envolvida em acidente com mortes em Colatina
Fiat Toro envolvida em acidente com mortes em Colatina Crédito: Willian Henrique Westphal

Para o caminhoneiro, o motorista que seguia à frente pode ter confundido o cerco eletrônico com um radar, o que justificaria a frenagem brusca. Apesar de confundir muitos condutores, há diferenças entre os equipamentos

A principal diferença é que com o radar, existem placas que sinalizam sobre a velocidade no local. Além disso, o equipamento vem acompanhado de uma espécie de caixa, como mostra a imagem abaixo. 

Cerco eletrônico que pode ter gerado acidente fatal ainda confunde motoristas
Junto com o radar, existem placas de sinalização e uma espécie de "caixinha" Crédito: Heriklis Douglas

Já o cerco eletrônico é composto por duas câmeras: uma maior, que gera imagens panorâmicas, e uma menor, que faz a leitura de placas. Ele é utilizado pelas autoridades de forma estratégica na área da segurança pública.

Além disso, segundo o subsecretário de Comando e Controle da Secretária de Segurança Pública, André Có, o cerco inteligente estadual não gera multas. 

"A gente atua em duas frentes: na recuperação de veículos furtados ou roubados, que fica na subsecretaria, e nas questões de procedimentos investigatórios"

André Có

Subsecretário de Comando e Controle da Sesp

O sistema inteligente funciona desde abril de 2022 no Espírito Santo. Em Colatina, são sete pontos ativos do cerco, com 28 câmeras. Já em todo o Estado, são 235 pontos e 975 câmeras em funcionamento. 

Cerco eletrônico que pode ter gerado acidente fatal ainda confunde motoristas
Cerco eletrônico é composto por duas câmeras e, ao contrário do radar, não gera multas Crédito: Heriklis Douglas

Seja radar ou cerco eletrônico, o subsecretário alerta para o respeito aos limites de velocidade das vias. "As frenagens que se dão acontecem justamente porque os motoristas estão além da velocidade da rodovia", finalizou. 

O que diz o Detran

Em nota à reportagem da TV Gazeta Noroeste, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) informou que já instalou sinalização vertical nos pontos onde estão posicionadas as câmeras. O Departamento disse ainda que já iniciou o processo para implantação de sinalização vertical em distância média de 100 metros dos aparelhos. 

A previsão é que em cerca de 60 dias todos os pontos estejam devidamente sinalizados, reforçando a segurança nas estradas. 

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