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Avenida Leitão da Silva acumula ataques criminosos há sete anos

Avenida Leitão da Silva acumula ataques criminosos há sete anos

Os problemas na via de Vitória são recorrentes e, na maioria das vezes, relacionados a trocas de tiros e mortes em confrontos na região; relembre episódios

Publicado em 27 de junho de 2023 às 12:25

Micro-ônibus é incendiado na Avenida Leitão da Silva, no terceiro ataque a coletivos deste sábado, 7 de janeiro
Micro-ônibus foi incendiado em ataque à Leitão da Silvae janeiro de 2023 Crédito: Weslley Vitor

Os ataques envolvendo a Avenida Leitão da Silva, em Vitória, não são um problema recente, ainda que alguns episódios chamem mais atenção, como o da madrugada de domingo (25), quando uma sequência de disparos na região do bairro Gurigica terminou com uma parede de hospital perfurada e um paciente, um idoso de 68 anos que estava internado no local, atingido e morto.

Os problemas na via são recorrentes há pelo menos sete anos e, na maioria das vezes, relacionados a trocas de tiros e mortes em confrontos na região.

Sábado de tensão em Vitória, após dois ônibus serem incendiados por criminosos na Capital.

Em janeiro deste ano, por exemplo, um micro-ônibus do Sistema Transcol foi incendiado no local, em meio a ataques em retaliação à morte de um suspeito durante troca de tiros entre policiais militares e criminosos armados no Bairro da Penha.

Poucos meses antes, em  agosto de 2022, parte da avenida foi interditada pela polícia devido a confrontos na região, que resultaram na morte de um suspeito durante troca de tiros com criminosos no bairro Jesus de Nazareth. 

Em fevereiro de 2020, o medo e a destruição tomaram conta da via, quando bandidos armados deram ordem para fechar o comércio e chegaram a apedrejaram veículos. Em seguida, dispararam tiros para o ar e soltaram fogos, fechando a avenida durante horas. Veja , abaixo, vídeo da época.

Em fevereiro de 2020, o medo e a destruição tomaram conta da via, quando bandidos armados deram ordem para fechar o comércio e chegaram a apedrejaram veículos. Em seguida, dispararam tiros para o ar e soltaram fogos, fechando a avenida durante horas.

No final de outubro de 2017, lojistas tiveram que baixar as portas dos estabelecimentos após um bando armado ordenar o fechamento do comércio. O grupo formado por pelo menos 10 homens com rostos cobertos por camisas desceram o bairro Gurigica por uma escadaria que dá acesso à avenida e fizeram as ameaças. O motivo seria a morte de dois jovens em um acidente de moto.

Apenas dois meses, em dezembro de 2017, bandidos impuseram terror na região mais uma vez e o comércio da Leitão da Silva foi totalmente fechado, em dois dias de conflitos. Testemunhas disseram que grupos desceram o morro atirando. Vários deles ameaçaram comerciantes antes de fechar a pista, atirando materiais de construção na via, que ainda passava por obras.

Clarões e barulhos de tiros podiam ser escutados em Gurigica, Praia do Sua, Bento Ferreira e na Avenida Leitão da Silva

Na ocasião, carros foram incendiados e um ônibus de linha municipal foi interceptado; os passageiros saíram correndo, em pânico, porque os bandidos jogaram gasolina na intenção de atear fogo, mas uma viatura da PM chegou a tempo de impedi-los. A razão para os ataques seria a morte de um adolescente em confronto com a polícia no morro São Benedito, que fica na região.

Já em outubro de 2016, o protesto pela morte de um adolescente, no Bairro da Penha, também resultou em pânico e destruição na avenida. Lojas foram apedrejadas e, na comunidade, um veículo foi incendiado no meio da rua. Naquela ocasião, a população se queixou da abordagem da PM e moradores diziam que o garoto havia sido morto enquanto ia comprar pão. A polícia, por sua vez, alegou que o rapaz estava com drogas e junto a um grupo suspeito e que teria lutado com um policial antes de morrer.

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