Chegou ao fim a novela que envolvia a antiga sede social do Saldanha da Gama. Na manhã desta sexta-feira (23), o governador Renato Casagrande (PSB-ES) sancionou uma lei que permite a troca do casarão do Forte São João pelo terreno localizado na avenida Carlos Moreira Lima, em Bento Ferreira, cuja administração foi passada para o município. Com isso, A antiga sede do Saldanha passa a ser oficialmente do Estado.
A Assembleia Legislativa já tinha aprovado que o governo estadual fizesse a troca. Na última quinta-feira (15), o prefeito de Vitória, Luciano Rezende, também autorizou a entrega do antigo Saldanha para o Estado. Para o prédio em Bento Ferreira, a administração municipal vai levar a Defesa Civil da cidade. Com isso, faltava apenas a assinatura de Casagrande, que divulgou a decisão nas redes sociais.
No Twitter, o governador contou que tem como objetivo reformar a construção histórica para sediar a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), que atualmente funciona em salas de um edifício na Mata da Praia.
O lugar contará ainda com um museu virtual e espaço gastronômico, ambos abertos ao público, integrando, assim, cultura, inovação e turismo. "Vamos revitalizar aquele espaço, que é lindo. Também vai receber visitação, as pessoas poderão lá para tomar um café. Vai ser mais um ponto para divulgar Vitória e revitalizar o centro da cidade", disse Casagrande em vídeo.
Construído no século XVII, na entrada da baía de Vitória, o Forte São João foi projetado para ser uma fortaleza e proteger a Ilha de Vitória de invasões. Manteve suas atividades até 1888 e, posteriormente, serviu de sede para o Clube de Regatas Saldanha da Gama. Hoje, é a única construção com características de fortificação existente na Capital, que já possuiu mais quatro fortes.
A antiga sede do Saldanha da Gama já havia sido doada ao Serviço Social do Comércio no Espírito Santo (Sesc-ES), do qual faz parte a Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio). Mas a entidade desistiu, em junho de 2019, de assumir a administração do prédio e de transformá-lo em um Museu da Colonização e da Migração do Solo Espírito Santense. Com a desistência, o Governo do Estado manifestou interesse em assumir o prédio histórico.
(*) Maria Fernanda Conti é aluna do 23° Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta, sob supervisão do editor Rodrigo Lira.
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