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Publicado em 14 de maio de 2025 às 10:41
A defesa de José Carlos Batista de Mello, de 68 anos, alegou que o acidente na ES 261 em Santa Teresa, na Região Serrana do Espírito Santo, no último sábado (10), que ocasionou a morte de dois alunos do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), foi causado por um desmaio sofrido pelo motorista. O veículo conduzido pelo idoso, uma picape Fiat Strada, saiu da pista e despencou em uma ribanceira. Raysla Hérlem Rangel de Oliveira e Jessé Araújo Martins dos Santos, ambos de 18 anos, morreram no local.>
Procurada por A Gazeta, a advogada Hariany Nogueira, que faz a defesa de José Carlos, disse que seu cliente conhecia Raysla e Jessé e estava dando carona aos jovens. Os três saíram juntos de Patrimônio de Santo Antônio, distrito localizado em Santa Teresa, e seguiam em direção a Fundão quando o acidente aconteceu. >
A Polícia Militar afirmou, em nota, que José Carlos fez o teste do bafômetro, que deu positivo para a ingestão de bebida alcoólica. O motorista da picape foi conduzido até a Delegacia Regional de Aracruz. Segundo a Polícia Civil, ele foi autuado em flagrante pela Polícia Civil por duplo homicídio culposo – quando não há intenção de matar. Na última terça-feira (13), após audiência de custódia, teve a prisão em flagrante convertida para preventiva pela Justiça, sendo mantido detido.>
Segundo a advogada, a prisão de José Carlos ocorreu em razão do flagrante relacionado ao duplo homicídio culposo, "onde a soma das penas impossibilita que a autoridade policial arbitre fiança". E não há relação com embriaguez ao volante. "Só a título de exemplificação, se uma pessoa consumir um bombom de licor e realizar o bafômetro, já iria constar uma quantidade ínfima de álcool", alegou Hariany.>
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A advogada destacou ainda que José Carlos permaneceu no local do acidente e procurou prestar socorro, acionando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192) e a Polícia Militar. >
Hariany Nogueira
Advogada do motorista presoA Justiça decretou, nesta terça-feira (13), a prisão preventiva — por tempo indeterminado — de José Carlos. A decisão pela prisão preventiva dele foi tomada durante a audiência de custódia e assinada pela juíza Raquel de Almeida Valinho. >
No termo, a juíza disse que 'a análise dos elementos constantes dos autos permite concluir pela existência de prova suficiente da materialidade delitiva, bem como de fortes indícios de autoria por parte do autuado, evidenciando, neste momento processual, a chamada fumaça do cometimento do delito'. >
"Além disso, a manutenção da liberdade do autuado revela-se, por ora, temerária, mostrando-se adequada e necessária a decretação da prisão preventiva, eis que a conduta do indiciado culminou no óbito de duas pessoas, sendo claro que, em liberdade, o indiciado coloca em risco a ordem pública e a instrução processual, estando evidente, em cognição sumária, o perigo na liberdade no caso concreto", escreveu a juíza Raquel de Almeida Valinho, na decisão em que decretou a prisão preventiva do suspeito.>
A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), responsável pela administração do sistema penitenciário do Espírito Santo, informou nesta terça-feira (13) que José Carlos Batista de Mello está Centro de Detenção Provisória de Aracruz.>
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