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Publicado em 9 de junho de 2022 às 19:27
O Brasil registra um aumento no consumo dos cafés especiais em relação aos grãos utilizados no dia a dia pelas famílias. Nesse mercado, o Espírito Santo tem se consolidado como referência no país. >
O assunto foi discutido no painel "Inovações tecnológicas para produção de cafés especiais: tecnologias de processamento; tecnologia de secagem e armazenamento; conceitos de torra para cafés especiais" promovido na TecnoAgro 2022, evento promovido pela Rede Gazeta em Linhares, no Norte do Estado.>
A feira reúne expositores, produtores rurais, investidores e lojistas para discutir as oportunidades de avanço para os negócios do campo com foco na revolução tecnológica de práticas e processos, antecipando tendências de mercado para unir tecnologia e produção rural. >
De acordo com Douglas Gonzaga, que é extensionista do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), o Espírito Santo é conhecido pela produção de cafés exóticos saborosos. Por isso, atrai cafeterias do Brasil e do mundo. >
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"Enquanto o consumo de café tradicional cresce em torno de 1,5% a 2% ao ano, a busca pelos cafés especiais cresce em torno de 15% a 20% ao ano. A prova de que o Estado é uma referência na produção de cafés especiais está nos resultados, na nossa participação nos concursos, sempre figurando entre os primeiros lugares, tanto no arábica quanto no conilon", destaca Douglas.>
Na avaliação dele, o sucesso está relacionado ao trabalho de pesquisa e à criação de tecnologias para a produção de cafés especiais sendo aplicadas no campo junto aos agricultores pelos extensionistas da iniciativa privada e do setor público. >
O engenheiro agrônomo Rodrigo da Silva Dias é presidente da Associação dos Produtores de Cafés Especiais das Montanhas do Espírito Santo (Acemes). Durante o evento, ele citou a importância do trabalho de orientação aos produtores rurais.>
"O produtor está no dia a dia da propriedade, mas depende da orientação técnica para culminar com a produção de cafés especiais. A indicação geográfica é reconhecida pelo Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) em duas modalidades que é a Indicação de Procedência (IP) ou Denominação de Origem (DO)", destaca Rodrigo.>
"O território capixaba como um todo ficou reconhecido como indicação de procedência. O meio geográfico Estado do Espírito Santo produz um café conilon especial. O conceito de uma IP é quando eu tenho uma determinada região, território ou município reconhecido pela produção de determinado produto", destaca.>
Ele complementa dizendo que a DO envolve as montanhas capixabas com 16 municípios, e o Caparaó com mais 16 - sendo 10 capixabas e seis mineiros. Isso significa que, além do território ficar conhecido pela produção de um determinado produto, a qualidade desse produto se deve, essencialmente, às condições naturais e humanas.>
"Então, a assistência técnica de empresas privadas é importante para a gente continuar produzindo cafés especiais que encantam o mundo", completa o presidente da associação.>
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