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Publicado em 25 de junho de 2021 às 17:26
Já estamos na melhor estação do ano para beber vinhos, o inverno, e as adegas do Estado oferecem opções para todos os gostos e bolsos. Os tintos, favoritos na época fria, são os protagonistas de uma seleção com 10 rótulos indicados por especialistas convidados pela reportagem. >
Na lista que você confere abaixo, há garrafas que custam no máximo R$ 70 em lojas, supermercados e distribuidoras escolhidas pelos entrevistados. São sugestões ideais para acompanhar clássicos da temporada - de queijos com sabor intenso a carnes vermelhas com molhos densos ou massas cremosas.>
Conheça os sommeliers
Para compor nossa lista com 10 tintos de bom custo-benefício, convidamos cinco sommeliers que atuam no Estado. Especialista em vinhos da França e graduado pela renomada escola Wine & Spirits Education Trust, Flávio Azevedo é professor e chef da escola Casa de Sommelier, em Vila Velha. Também graduada na WSET, Tati Gomes é professora no curso de sommelier profissional da Casa de Sommelier. Além de sommelière, a jornalista Nádia Alcalde escreve quinzenalmente em A Gazeta a coluna Entre Vinhos, é sócia na Cervejaria Teresense, em Santa Teresa, e produz o café especial A Thousand Dreams. Chef do restaurante Oriundi, em Vitória, Pedro Kucht acaba de se tornar sommelier. Pedro Pereira, por sua vez, é formado em gastronomia, graduou-se sommelier pela Associação Brasileira de Sommelier (ABS) e integra a equipe do restaurante Eliah, em Vitória.
A Amitié é uma marca gaúcha criada por duas mulheres empreendedoras no mercado de vinho, a sommelière Andreia Gentilini Milan e a enóloga Juciane Casagrande. Indicado pela sommelière Tati Gomes, o Pinot Noir é delicado e revela aromas de frutas vermelhas, como morango, cereja e amora, sem influência de madeira.
Sugestão do sommelier Pedro Pereira, o vinho mostra-se elegante na boca, com taninos delicados e ótima acidez. Entre os aromas, destacam-se frutas vermelhas, torrefação e pimenta preta. "Um belíssimo pinot noir nacional", pontua Pedro.
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Produzido pela Casa Perini, uma das mais respeitadas vinícolas brasileiras, esse Cabernet Sauvignon sugerido pelo sommelier Pedro Kucht é encorpado e tem taninos maduros, alta acidez e notas de morango, cereja preta e chocolate. "É a uva mais cultivada no mundo e também a favorita de muitos entusiastas da bebida", destaca Pedro.
"A estrutura da Cabernet Sauvignon e a maciez da Merlot se completam perfeitamente nesse blend", observa o sommelier Pedro Pereira. Jovem e frutado, é um vinho com taninos presentes e bom corpo. Ao nariz, traz aromas de frutas negras, flores e especiarias.
"Muito conhecida na Espanha, a uva Monastrell tende a originar vinhos com cores intensas e altos níveis de taninos, do jeitinho que gostamos de degustar no inverno", comenta a sommeliére e colunista de vinhos de A Gazeta, Nádia Alcalde. Sua dica, o Castillo San Simón 2018, é jovem, fácil de beber e tem aromas de frutas vermelhas frescas.
Um tinto fácil de beber, com taninos médios e presença de frutas vermelhas e ameixa preta, além de notas de couro e chocolate amargo. São essas as características dessa sugestão de Tati Gomes. "A Merlot é uma uva com maior constância de qualidade no Brasil, e a Pizzato uma vinícola de alta reputação. É um vinho que abraça", completa a sommelière.
Outra dica da colunista Nádia Alcalde é o uruguaio Juan Carrau Tannat de Reserva, que passou 12 meses em barrica de carvalho francês e é complexo no nariz, trazendo aromas de frutas vermelhas, ameixa, marmelo e especiarias. No paladar, tem taninos maduros e notas de tabaco e couro. "Aconselho aerar em decanter por 30 minutos antes de degustar. É um vinho com bastante potencial de guarda também", ressalta Nádia.
“Queridinha dos brasileiros, a Malbec triunfa em Mendoza, na Argentina. Originária de Cahors, na França, foi na terra de nossos hermanos que ela encontrou um terroir fantástico, tornando-se a uva emblemática dos nossos vizinhos”, comenta Flávio Azevedo sobre a uva do Luna. "Destacam-se nele aromas de frutas negras, como mirtilo, amoras e ameixas maduras, e há notas de caramelo e baunilha, oriundas do seu estágio em barrica", completa o sommelier.
"Carmenère é uma uva francesa que escolheu o Chile para brilhar. Adoro todos os vinhos 120 da vinícola Santa Rita, porém esse Carménère é a escolha perfeita para quem busca um vinho com taninos macios e fácil de beber", afirma Pedro Kucht. Essa sugestão do sommelier tem notas de frutas vermelhas, cacau em pó e especiarias.
"A Cabernet Sauvignon se apresenta de forma esplendorosa nos solos da D.O. Valle Central do Chile, pois lá há um terroir propício para essa uva, que precisa de calor para atingir a maturação perfeita”, comenta Flavio Azevedo sobre o Yali Wild Swan. Trata-se de um vinho com aromas de frutas vermelhas maduras, como framboesas e groselhas, e notas de ameixa, amora, cacau e pimenta preta.
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