> >
Rock, jazz e erudito no violão brasileiro do carioca Victor Ribeiro

Rock, jazz e erudito no violão brasileiro do carioca Victor Ribeiro

Músico que já tocou com Hermeto Paschoal e Alice Caymmi, lança seu primeiro álbum solo, "Ronda da Capivara"

Publicado em 8 de março de 2019 às 22:59

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Victor começou a projetar sua carreira solo em 2016 . (Marcelo Fedra/Divulgação)

Integrante do quarteto Relógio de Dalí, o violonista carioca Victor Ribeiro lança seu primeiro trabalho solo, “Ronda da Capivara”. Seu álbum de estreia é a realização de um tempo de pesquisas, desenvolvendo sua linguagem musical mais contemporânea na qual o seu violão de sete cordas mistura o erudito com o violão brasileiro, com sotaque do choro, mas, ao mesmo tempo, com referência do rock, do jazz e com a questão do improviso sempre muito presente.

Victor já tocou ao lado de nomes como Hermeto Pascoal e Alice Caymmi, mas o pontapé do seu projeto solo surgiu em 2016, após vencer o Concurso Novas de composições para violão solo contemporâneo. A música vencedora foi “Ronda da Capivara” que dá nome ao disco.

“Essa é uma música que comecei a escrever pro Relógio de Dalí. Ela estava concorrendo com grandes compositores de violão solo no Brasil, e temos uma lista enorme de muita gente boa. Fiquei muito feliz de ser selecionado. Me deu fôlego para perceber que essa linguagem mais contemporânea teve uma boa resposta dos jurados e que as pessoas entenderam esse caminho. Me deu esse gás para me aprofundar”, conta Victor.

“Ronda de Capivara” reúne composições que carregam sempre o tema da liberdade relacionada de alguma forma com reflexões sobre vários aspectos e experiências das vivências do artista. A mistura do violão brasileiro com a música erudita, o jazz e o rock sempre esteve dentro de Victor unindo coisas que ouviu quando jovem a outras que ainda escuta.

“O violão é um instrumento que aqui no Brasil é muito difundido e tem uma escola impressionante. Temos violonistas incríveis. Ao mesmo tempo eu tinha necessidade de comunicar em outros lugares, de ter o violão um pouco mais presente e com mais volume”.

REGISTROS

Foram dois dias de gravação e nove faixas. O registro em formato trio tem o baixista Pablo Arruda e o baterista Lucas Fixel. Victor preferiu essa formação para ter uma maior abertura para improvisação, algo por que ele preza.

Das nove faixas, duas (“O Começo de Tudo” e “Intimidade e Observação”) dão espaço para improvisação. O trio criou um caminho, uma estrutura e começou a improvisar sobre essas ideias. “O formato permite uma gama de possibilidades musicais que consegue abarcar muitas ideias e ir pra muitos lugares de forma muito fácil. O improviso é onde eu me encontro na música, onde eu tenho mais satisfação... É uma espécie de meditação, o momento que você tem de entrar em contato consigo mesmo, de entrar em contato com sutilezas de cada um que está tocando com você. Esse disco tem uma proposta de valorizar essa improvisação livre”, resume.

O álbum foi financiado através de crowdfunding e extrapolou a meta. “Você ter esse contato com o público, saber que as pessoas estão ouvindo o teu som e que elas apoiam esse movimento tem valor inestimável”, finaliza o músico.

CONFIRA

Este vídeo pode te interessar

Ronda da Capivara. Victor Ribeiro. 9 faixas. Independente. Disponível nas plataformas de streaming digital

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais