Após seis meses de intenso trabalho envolvendo 15 artistas de várias cidades do Brasil, 15 dias de imersão em meio à Mata Atlântica, muitas pesquisas e debates, a designer educadora Juliana Colli e seu criativo grupo de artistas preparam um evento diferenciado para a próxima semana, no Museu de Artes do Espírito Santo (Maes), no Centro de Vitória.
Nesta quinta (12) e sexta-feira (13), eles apresentarão para o público capixaba o resultado do projeto, denominado “Residência das Plantas”: um site, um vídeo, material educativo e um catálogo, criados a partir de todo esse processo artístico. Todo o conteúdo foi produzido com recursos da Lei Aldir Blanc.
Quem estiver passando pelo Centro de Vitória na quinta-feira (12), por volta das 18 horas, poderá conferir uma ação diferenciada na fachada do Maes, que receberá projeções de imagens feitas na Mata Atlântica (Caparaó). Segundo Juliana, a proposta é promover um "diálogo sobre o tema arte-natureza com a instituição".
Além da projeção na fachada, a programação contará, ainda, com bate-papos públicos, nos dois dias, a partir das 19 horas, entre os idealizadores da Residência e artistas convidados (Uyra e Charlene Bicalho, uma a cada dia), com transmissão virtual, ao vivo, pelo YouTube da Secult-ES.
As integrantes da banda capixaba Suindara, Aline Maria, Laissa Gamarro e Relva Rodrigues, foram anfitriãs e convidadas da residência artística. Um dos produtos gerados por Juliana Colli e seu grupo, inclusive, traz músicas inéditas e autorais da banda.
Considerado um projeto-piloto de arte educação e arte natureza, a “Residência das Plantas” foi iniciada em janeiro deste ano e agora está sendo finalizada. Sua produção contou com duas imersões.
A primeira no início do ano, na Serra do Caparaó. Durante 20 dias, um grupo de 10 artistas de várias partes do país participou de uma residência artística, em meio à mata, com acompanhamento e suporte de cinco artistas-moradores da região. Lá produziram arte tendo a natureza como inspiração.
A segunda imersão, em formato digital e com cada participante em sua casa, contou com debates, amadurecimento e refinamento dos processos criativos. A partir de toda essa experiência, o grupo criou quatro produtos que serão apresentados para o público: um site, um vídeo, material educativo e um catálogo.
Para Juliana, a escolha pelo tema se justifica pelo fato do meio ambiente ter ganhado ainda mais relevância nos últimos tempos. "Estamos vivenciando um cenário crítico, com sérios danos à natureza por conta da destruição de fauna e flora que vem ocorrendo por todo o mundo, mas especialmente no Brasil. É um momento preocupante, com muitas catástrofes ambientais, com a natureza pedindo socorro…", desabafou.
“Nossa proposta tem cunho educativo. Queremos estimular as pessoas a pensarem sobre as questões de sustentabilidade do planeta sob o viés da arte e, ainda, reforçar a construção da coletividade”, completa.
*Com informações da assessoria
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