De Colatina para o Brasil (ou seria para o mundo?). Assim, cheia de disposição para brilhar (literalmente), a banda capixaba Sol na Cabeça se apresenta nesta quinta (24), dentro da programação da 3ª Mostra Nacional de Música, que acontece no Rio de Janeiro até sábado (26).
O feito de Marcos Penitenti (composição, voz, guitarra e violão), Mateus Zacché Penitenti (teclados), Humberto Zacché Nardi (bateria), Estevão Racanelli (Backing voz, baixo e percussão) e Daniel Gonçalves (composição e performance) é louvável. Eles foram selecionados para um festival que contará com apenas dez bandas de todo o País. São dois participantes por região. Em todo Sudeste, só foram chamados o Sol na Cabeça e o carioca Banda Gente. É uma grande responsabilidade, pois fomos selecionados no lugar de muita gente boa, que faz música de qualidade, avalia, com orgulho, Marcos Penitenti.
A Mostra Nacional de Música não é competitiva. Coordenada pelo Espaço Cultural Escola Sesc, de Jacarepaguá (zona oeste no Rio), o evento traz, além de shows musicais, intercâmbios, oficinas e palestras. Tudo para auxiliar na profissionalização das bandas.
Será muito útil pois as oficinas vão trazer questões muitos pertinentes, como gestão de carreira e até dicas de atualização das redes sociais para músicos, enumera.
O processo de curadoria do festival foi realizado em conjunto com os departamentos Nacional e Regionais do Sesc, buscando mapear e dar visibilidade à nova produção musical de todo o Brasil. Na primeira etapa, todos os Departamentos Regionais foram convidados a apresentar indicações de artistas locais. Na segunda, um comitê de curadoria, composto por um técnico de música de cada região brasileira, selecionou entre todas as indicações apresentadas.
Criada em 2017, o Sol na Cabeça não ganhou esse nome à toa. É uma viagem, brinca Marcos. Moramos em uma cidade onde o sol é muito presente, pois faz muito calor (risos)... Esquenta a cabeça mesmo (mais risos), responde, para, minutos depois, relacionar poesia à origem do grupo.
Na verdade, o nome vem de iluminando a sua cabeça e fazendo você pensar, clarear as ideias, complementa.
Filosofias à parte, após uma apresentação no Centro Cultural Sesc Glória, no final de 2017, o Sol não parou mais.
Daí para o nosso primeiro álbum, foi um passo. Beira Rio, Beira Mundo, Beira Mar, conta com uma referência muito forte do Tropicalismo, principalmente de Os Mutantes. Além disso, nas faixas, tentamos elevar outros elementos que também nos influenciaram, como o som de Caetano, Gil e Djavan, assinala Marcos Penitenti.
Beira Rio, Beira Mundo, Beira Mar, que conta com nove faixas, já está disponível nas plataformas digitais, como Spotify, Apple Music e Deezer.
Planos para o futuro? São vários. Temos imagens gravadas de um show que fizemos no Sesc Glória. Isso é um embrião para um futuro clipe. Além disso, estamos em estúdio, gravando o novo álbum, adianta, dizendo que o trabalho terá 12 faixas e, como o primeiro disco, contará somente com músicas inéditas e de composição própria.
Nosso primeiro EP foi muito na necessidade (ou seria ânsia?) de apresentar o nosso trabalho. Esse está sendo mais gestado. Continua com uma pegada experimental, mas tivemos mais chances de testar novos sons, ressalta.
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