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Taxa de desemprego recua para 13,2% no trimestre até agosto

Taxa de desemprego recua para 13,2% no trimestre até agosto

No trimestre anterior, até maio, a taxa estava em 14,6%. Em igual período de 2020 (junho a agosto), era de 14,4%. O número de desempregados foi estimado em 13,7 milhões

Publicado em 27 de outubro de 2021 às 10:54

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Carteira de Trabalho e previdência social
Um trabalhador é considerado desocupado quando não está atuando e segue em busca de novas oportunidades, com ou sem carteira assinada. (Fernando Madeira)

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 13,2% no trimestre encerrado em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (27).

No trimestre anterior, até maio, a taxa estava em 14,6%. Em igual período de 2020 (junho a agosto), era de 14,4%.

Com o novo resultado, o número de desempregados foi estimado em 13,7 milhões. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).

Pelas estatísticas oficiais, um trabalhador é considerado desocupado quando não está atuando e segue em busca de novas oportunidades, com ou sem carteira assinada ou CNPJ.

A taxa de desemprego ficou um pouco abaixo do nível esperado pelo mercado. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam indicador de 13,4% no trimestre até agosto.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 31 milhões de pessoas, subindo 4,2% (1,2 milhão de pessoas) frente ao trimestre anterior e 6,8% (2,0 milhões) ante o mesmo trimestre de 2020.

O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (10,8 milhões) subiu 10,1% (987 mil pessoas) no trimestre e 23,3% (2,0 milhões de pessoas) no ano, as maiores variações da série histórica, em termos percentuais e absolutos, na comparação anual.

Já o número de trabalhadores por conta própria (25,4 milhões de pessoas) foi recorde da série histórica, com altas de 4,3% (mais um milhão de pessoas) no trimestre e de 18,1% (3,9 milhões de pessoas) na comparação anual.

PANDEMIA

A chegada da pandemia, em 2020, atingiu em cheio o mercado de trabalho. Com as restrições e a paralisação de empresas, houve destruição de vagas em diferentes setores, e mais brasileiros foram forçados a procurar emprego.

Na visão de analistas, a melhora consistente do quadro depende em grande parte do desempenho do setor de serviços.

Esse segmento, o principal empregador do país, sofreu com as restrições na crise porque reúne atividades dependentes da circulação de clientes.

Bares, restaurantes, hotéis e eventos são exemplos de serviços prejudicados pelo coronavírus. As atividades, agora, têm expectativa mais positiva devido ao avanço da vacinação contra a Covid-19.

Contudo, o aquecimento da economia como um todo, necessário para a melhora do mercado de trabalho, é colocado em xeque por uma série de dificuldades.

A preocupação de parte dos analistas com o cenário macroeconômico ganhou força na semana passada.

O motivo foi a decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de driblar o teto de gastos para pagar o Auxílio Brasil de R$ 400, entre outras despesas, como emendas parlamentares.

O ruído fiscal já derrubou projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) no próximo ano. O Itaú Unibanco, por exemplo, passou a estimar recessão em 2022, com baixa de 0,5% no PIB. A previsão anterior era de avanço de 0,5%.

Essa contração da atividade econômica deve levar o país a uma taxa de desemprego de 13,3% ao fim do próximo ano, relatou o banco na segunda-feira (25). A marca é maior do que a projetada anteriormente pelo Itaú (12,6%).

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